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Os 17 diplomatas brasileiros que participaram do Programa de Imersão no Agronegócio Brasileiro, promovido pelo Mapa em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), estão mais preparados para representar o Brasil nas questões agrícolas da agenda internacional. Essa é a avaliação do secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, após o encerramento do programa, na tarde desta quarta-feira (30), em Brasília.
“A carreira de vocês exige conhecimentos específicos para poder defender e argumentar, com propriedade, nas questões ligadas à agricultura brasileira em diversos países e ocasiões”, destacou Célio Porto. Os diplomatas que participaram do programa estão lotados em postos estratégicos de países da Europa, Ásia, Oriente Médio e Américas. Durante dez dias de atividades, os diplomatas conheceram os principais setores produtores e exportadores e o funcionamento de toda a cadeia produtiva, até a exportação. A programação foi de extrema importância para apoiar a representação brasileira nas negociações internacionais.
No período de 21 a 30 de novembro, os diplomatas passaram por municípios dos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Eles visitaram propriedades rurais e unidades de processamento de carnes bovina, suína e de frango, e de produção de etanol e vinho. Além disso, conheceram o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e uma grande usina produtora de açúcar e etanol. Na ocasião puderam aprofundar os conhecimentos sobre os mecanismos de pesquisa e desenvolvimento, tecnologia, boas práticas e sustentabilidade, assim como novos modelos de negócios e programas sociais e ambientais.
Nesta edição do programa participaram todos os diplomatas que trabalham com agricultura e agronegócio nos seus postos e estão envolvidos diretamente nas discussões ligadas à área. A Conselheira e Chefe de Agricultura na Embaixada do Brasil em Paris, Cláudia Vieira Santos, acredita que o curso realmente permite vivenciar um pouco da realidade brasileira. “Além de conhecer de perto o modelo agrícola adotado no Brasil, nas mais diversas áreas, pudemos conversar com produtores e sentir como funcionam técnicas importantes, como as disseminadas pelo Programa Agricultura de Baixo Carbono”, destaca a representante brasileira na França.
O diplomata brasileiro em Washington (EUA), João Marcelo de Queiroz, avalia que os participantes puderam constatar o alto nível tecnológico das empresas, a qualidade do trabalho que é feito, a integração com o produtor e a sustentabilidade ambiental no setor. “Tudo isso é muito valorizado no exterior. No caso dos Estados Unidos, eles vêem certamente o Brasil como principal competidor deles e têm muito respeito pela agricultura brasileira. Também um pouco de temor porque sabem que estamos avançando e temos espaço para avançar, enquanto eles já atingiram o nível ótimo de desenvolvimento”. O representante brasileiro acredita que a visita às empresas permitiu comprovar, in loco, esse desenvolvimento que já se expressa em números.
O Programa de Imersão no Agronegócio Brasileiro é realizado desde 2009 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores. O objetivo da ação é prover conhecimento teórico e prático sobre o sistema sanitário aplicado aos principais setores exportadores e debater os principais temas do agronegócio.
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