Bayer mais próxima dos empresários agrícolas
O município de Taperoá é conhecido como o maior produtor de guaraná do Brasil, com 1,7 mil hectares de área plantada, produção anual de aproximadamente 800 toneladas e produtividade de 430 quilos de grãos por hectare. O cultivo do guaraná é de grande importância sócio-econômica para o município, já que assegura a renda familiar dos agricultores familiares da região.
O guaraná baiano está exposto na 24ª edição da Fenagro, que acontece no Parque de Exposições, em Salvador, até o dia 04 de dezembro. Na Feira, o visitante pode conhecer todo o trabalho que a EBDA, veiculada a Seagri, desenvolve com agricultores familiares do município de Taperoá.
Para o agricultor Norival da Silva (69), que há quase 30 anos trabalha com o guaraná na região do Baixo Sul, participa da exposição e diz que "o guaraná é uma planta abençoada, não exige agrotóxico no seu trato e o apoio da EBDA, com a assistência técnica, faz com que os agricultores melhorem a qualidade do produto".
De acordo com o técnico da EBDA, Gerval Teófilo, os trabalhos desenvolvidos pela Empresa são de fundamental importância para elevar os índices de produtividade e de produção. "Nós, da EBDA, estamos empenhados em aumentar estes números, o que vai refletir diretamente na vida dos agricultores. Realizamos assistência técnica, cursos, oficinas, palestras e seminários, reciclando os agricultores familiares e proporcionando novos conhecimentos e práticas para o cultivo do guaraná", comentou o técnico.
O guaranazeiro é uma planta originaria do Amazonas. Contam os moradores mais antigos do município que na década de 70, um agricultor japonês mudou-se para Taperoá e trouxe na bagagem as primeiras mudas de guaraná, que logo se adaptou ao clima e solo baiano. Não demorou muito e o novo cultivo conquistou o gosto popular por conta das facilidades de manejo e de preço alcançado.
No início da década de 90, uma forte crise se abateu na produção de guaraná, por conta da má qualidade dos grãos, que estavam sendo beneficiados de forma inadequada, afastando os melhores e maiores compradores. A crise se estendeu por 10 anos e o guaraná chegou a ser vendido por preços irrisórios, desestimulando os agricultores, levando muitos a abandonarem suas lavouras.
Em 2000, a EBDA em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Município de Taperoá, deu início aos trabalhos de recuperação da cultura. Como primeiro passo, foram promovidos cursos e capacitações sobre o manejo adequado para o guaraná, técnicas de beneficiamento e comercialização, até chegar aos dias de hoje, onde a sustentabilidade socioambiental tornou-se um imperativo e uma realidade para a subsistência da cultura e, consequentemente, para os agricultores familiares de guaraná. "Atualmente, o guaraná passa por um período estável na economia do município, assegurando qualidade de vida a milhares de famílias que vivem deste cultivo", concluiu Gerval Teófilo.
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