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Materiais de batata-doce em fase de validação foram os principais ingredientes das atividades programadas para o Dia de Campo “Tecnologias no Cultivo da Batata-Doce”, realizado no município paulista de Piacatu no dia nove de março último. Os trabalhos de validação, imprescindíveis para confirmar características consideradas interessantes ou para proceder algumas correções de rumo no andamento das pesquisas, foram coordenados pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), em parceria com a empresa Mudas Brambilla, que atua na produção de mudas de hortaliças na região e também no estado de Goiás.
Parceira de longa data da Embrapa, e tendo em vista a forte presença da batata-doce naquela localidade, a empresa agregou a hortaliça no seu portfólio, o que envolveu a necessidade de maiores conhecimentos sobre o assunto. Com contrato formalizado no segundo semestre de 2016, foram iniciados os plantios dos novos materiais, com o objetivo de avaliar a adaptabilidade dos clones às condições locais. “A ideia inicial da empresa era comercializar os materiais regionais disponíveis, mas o interesse foi ampliado com a inserção dos nossos materiais para testes de validação”, explica o pesquisador fitopatologista Alexandre Mello, que apresentou os resultados aos produtores e extensionistas presentes ao Dia de Campo.
Na ocasião, foram apresentados dois materiais experimentais para avaliação, outro já lançado (BRS Brazlândia Branca), e um recomendado (cultivar Beauregard). Segundo ele, além de apresentar os materiais, o evento possibilitou a divulgação da pesquisa com biofortificação, que vem sendo desenvolvida pela Embrapa Hortaliças a partir da Beauregard, desenvolvida nos Estados Unidos e que possui alto teor de betacaroteno. “Foi uma boa oportunidade para falar sobre a vantagem nutricional e agronômica dessa batata que, em um dos experimentos, chegou a produzir 16,6 quilos em uma só planta, mostrando que também pode ser altamente produtiva”, observou Mello.
Estações
O Dia de Campo contou com três estações – uma discutiu a situação da produção de batata-doce e as dúvidas giraram em torno dos genótipos plantados na região; a segunda apresentou um viveiro de produção de mudas; e na última o pesquisador entremeou a sua fala sobre a biofortificação e as oportunidades comerciais que seriam geradas com a produção de materiais com mais nutrientes e também sobre a produção de ramas de batata-doce.
Além da empresa Mudas Brambilla, que permitiu a validação, o dia de campo contou com a participação da pesquisadora Sonia Nalesso Montes da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio – APTA, que fez a apresentação de genótipos locais plantados na região de Piacatu e Presidente Prudente, SP e também discorreu sobre as diferenças dos principais genótipos plantados em São Paulo e a importância da utilização de mudas com alta qualidade fitossanitária.
Além de São Paulo, os materiais vão passar por avaliações em Minas Gerais, Santa Catarina e dois experimentos no Distrito Federal. “Após os resultados desses cinco experimentos, faremos comparações entre eles a respeito dos respectivos comportamentos, e decidir sobre as perspectivas que envolvem a necessidade, ou não, de mais validações”, acentua o pesquisador.
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