Produção de açúcar registra alta de 9,3% na reta final da safra no Norte e Nordeste
Já a produção de etanol hidratado cresceu 11,8%
A Datagro Grãos, em seu sétimo levantamento sobre a safra 2023/24 de soja do Brasil, ratifica o 17º ano consecutivo de incremento da área semeada com a oleaginosa, apesar de a estimativa ter sido reduzida para 45,530 milhões de hectares, ante projeção anterior de 45,565 mi de ha, o que representa um aumento de 1,9% ante a temporada 2022/23, quando foram semeados 44,684 mi de ha. A intenção de plantio, divulgada em julho do ano passado, apontava 45,724 mi de ha – apenas 194 mil ha de diferença com o atual número.
O clima irregular levou a consultoria a reduzir, mais uma vez, a expectativa de produtividade média, de 3.236 kg/ha apontados em fevereiro para 3.214 kg/ha, 10,5% inferior ao recorde de 3.589 kg/ha da temporada 2022/23. “E com chances de novas revisões, ainda dependendo das chuvas nesses próximos dois meses”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da Datagro Grãos.
Com isso, a expectativa de produção passou de 147,310 milhões de toneladas para 146,336 mi de t. Em caso de confirmação, esse volume ficaria 8,7% aquém da safra recorde colhida em 2022/23, de 160,234 mi de t – ainda assim, a segunda maior da história.
O levantamento da Datagro Grãos confirma a retração na área semeada de milho de verão e a tendência de forte recuo na área de inverno 2023/24 no Brasil. A projeção para a área de verão até foi elevada de 4,007 para 4,032 mi de ha – 2,652 mi de ha no Centro-Sul e 1,380 mi de ha no Norte/Nordeste –, 220 mil ha a menos do que o apontado na intenção de plantio, o que representaria uma retração de 10,5% ante a temporada anterior.
“Apesar da redução nos custos de produção, o recuo ocorre pela forte retração nos preços do milho no ano passado, proporcionalmente maior do que na soja, e sinalização de renda apertada/negativa em 2024”, comenta França Junior.
Considerando bom nível de tecnologia e padrão de clima parcialmente irregular, a 1ª safra de milho tem potencial de produção de 24,040 mi de t – 18,240 mi de t do Centro-Sul e 5,800 mi de t do Norte/Nordeste –, 13,7% inferior à prejudicada safra colhida em 2023, de 27,864 mi de t.
Para a safra de inverno 2024, a tendência de retração na área praticamente se manteve desde fevereiro. “Combinando fraca sinalização para as margens de lucro, com os problemas no plantio da soja”, destaca o líder de conteúdo da Datagro Grãos.
No total Brasil, a projeção é de 16,927 mi de ha, 9,1% abaixo dos 18,620 mi de ha de 2023. Seriam 14,067 mi de ha do Centro-Sul e 2,860 mi de ha do Norte/Nordeste.
Considerando clima limitado ainda pela influência do El Niño, o potencial de produção da 2ª safra foi levemente ajustado, de 91,330 para 90,877 mi de t, 16,3% aquém das 108,595 mi de t da safra recorde de 2023 – 81,925 mi de t do Centro-Sul e 8,952 mi de t do Norte/Nordeste.
No total das duas safras, o Brasil tem previsão de área para 2023/24 de 20,959 mi de ha, 9,4% abaixo dos 23,126 mi de ha de 2023, e produção potencial agora de 114,917 mi de t, 15,8% inferior à safra recorde de 2022/23, quando foram colhidas 136,459 mi de t.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura