Curso aborda métodos de coleta e análise de material genético da fauna silvestre

24.01.2011 | 21:59 (UTC -3)

De 7 a 12 de fevereiro, docentes da Faculdade de Ciências Agronômicas e do Instituto de Biociências da Unesp, vão ministrar em Botucatu o curso prático Inventário da Fauna Silvestre e Biologia da Conservação.

 

Direcionado a estudantes de graduação e pós-graduação e profissionais das áreas de Biologia, Veterinária, Engenharia Florestal e todos os que tenham interesse no tema, o curso tem o objetivo de capacitar profissionais para atuar na conservação da fauna silvestre, utilizando a genética como ferramenta.

 

Serão abordados métodos de levantamento, acesso e análise do material genético de aves silvestres, mamíferos de médio e grande porte, pequenos mamíferos silvestres e morcegos. Outro tópico importante do curso consiste em noções de bioinformática aplicada à conservação e filogenia.

 

Essencialmente prático, o curso terá atividades no campo e nos laboratórios da Unesp de Botucatu. Os participantes vão aprender os métodos de levantamento da fauna silvestre, acessar o material genético desses animais e fazer a análise e a interpretação desses dados.

 

O curso é uma realização da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf), da Faculdade de Ciências Agronômicas e do Instituto de Biociências da Unesp, com a coordenação dos professores Ligia Souza Lima Silveira da Mota, Celso Luis Marino e Guaracy Tadeu da Rocha do IB e Renata Cristina Batista Fonseca, da FCA.

 

Estão disponibilizadas 30 vagas e a inscrição custa R$110,00. Mais informações e inscrições no site www.fepaf.org.br

 

Parceria

 

Trabalhos de caracterização e monitoramento de fauna silvestre são exigidos nos estudos de impacto ambiental e em diversos processos de certificação de produtos. O diferencial do curso promovido por FCA e IB é o enfoque na conservação genética da fauna silvestre. Atualmente, os habitats adequados para essa fauna estão extremamente reduzidos e fragmentados, criando uma dificuldade de fluxo gênico dentro das populações. “O isolamento em ilhas de vegetação natural faz com que indivíduos que ficaram isolados numa determinada área comecem a ter cruzamentos com aparentados, o que gera uma deterioração da população”, explica a professora Renata Cristina Batista Fonseca, do Departamento de Recursos Naturais da FCA.

 

O Laboratório de Conservação da Natureza da FCA desenvolve diversos trabalhos de caracterização e monitoramento da fauna silvestre. O grupo de trabalho visita uma área, realiza o inventário das espécies e verifica a proporção dessas espécies dentro de uma comunidade. Em seguida, em cada área algumas espécies são selecionadas para funcionar indicadoras da qualidade ambiental.

 

É nessa etapa do trabalho que a genética entra em cena, segundo a professora Renata. “Além dos dados de demografia, precisamos saber como está a saúde dessa população, ou seja, avaliar se a espécie selecionada para o estudo tem potencial para permanecer ocupando aquela área ou, em razão dos cruzamentos com aparentados, ela tenderá a extinção local. É importante conhecer a saúde genética das populações para que possamos mantê-las viáveis ao longo do tempo”.

 

A parceria com os docentes do Departamento de Genética do IB/Unesp é fundamental para que o trabalho ocorra. “Temos a facilidade de ter acesso a populações da área silvestre que estão na natureza e eles trabalham mais no nível de laboratório com o estudo genético das populações”, conta a professora Renata. “Ao fazer essa ponte conseguimos construir o conhecimento como um todo”.

 

Fonte: Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp - câmpus de Botucatu/SP

(14) 3882-6300

imprensa@fca.unesp.br

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