CTC divulga resultados do 1T26 com crescimento em receita e lucro

A companhia encerrou o período com caixa líquido de R$ 398,7 milhões

15.08.2025 | 08:28 (UTC -3)
Revista Cultivar

O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) encerrou o primeiro trimestre da safra 2025/26 com lucro líquido de R$ 49,2 milhões, alta de 37,5% frente ao mesmo período do ciclo anterior. A margem líquida cresceu 6,8 pontos percentuais, alcançando 44,5%. A receita líquida somou R$ 110,6 milhões, avanço de 16,3% na comparação anual.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 54,4 milhões, crescimento de 8,8% em relação ao 1T25. Apesar disso, a margem Ebitda recuou 3,4 pontos percentuais, refletindo maior investimento em pesquisa e desenvolvimento e aumento das despesas operacionais.

Os investimentos em P&D somaram R$ 58,3 milhões, equivalente a 52,7% da receita líquida. O valor representa crescimento de 25% frente ao 1T25. O CTC ampliou os projetos nas frentes de melhoramento genético, biotecnologia e sementes sintéticas. Foram realizados mais de 1.700 cruzamentos genéticos na estação de Camamu (BA), e duas novas variedades com a tecnologia VerdPRO2 avançaram para a fase de seleção em campo.

As despesas de capital (CapEx) totalizaram R$ 22,1 milhões, aumento de 306,5% em relação ao 1T25. O montante inclui o início das obras da planta demonstrativa de sementes sintéticas, projeto estratégico que visa transformar o modelo de plantio da cana. Os testes de campo com sementes já ocorrem em 11 localidades com quatro variedades em avaliação.

Mesmo com o cenário climático adverso, que reduziu a produtividade agrícola acumulada em 10,9%, o portfólio mais recente da companhia superou a média de mercado em 12,5 toneladas de cana por hectare. A produtividade de açúcar também foi superior, com ganho de 1,4 t/ha.

O market share das variedades CTC subiu de 25% para 28% no trimestre. O uso de materiais lançados a partir de 2020 chegou a 81% da área plantada, reforçando a liderança da empresa em inovação genética no setor sucroenergético.

A companhia encerrou o período com caixa líquido de R$ 398,7 milhões, alta de 5,2% frente ao ano anterior. O bom desempenho financeiro permitiu a aprovação de dividendos de R$ 50,1 milhões, com pagamento previsto para 31 de julho. Também foi aprovado aumento de capital de R$ 250 milhões, já subscrito pelos acionistas.

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