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Nesta quarta (23) e quinta-feira (24), os associados da Coopercam participam da edição de 2025 do Circuito de Tecnologia, evento organizado pela cooperativa em parceria com a Emater de Minas Gerais e a Sucafina. O evento ocorre em Campos Gerais (MG), com foco na produtividade e qualidade do café, alguns dos desafios mais atuais da cafeicultura.
Especialistas abordarão temas como a agricultura regenerativa, gestão de alta performance, mudanças climáticas e oscilações na produtividade. Entre os palestrantes confirmados estão o engenheiro agrônomo e coordenador técnico da Emater-MG, Kleso Silva Franco Junior, e a gestora e produtora de cafés especiais Josiani Moraes.
José Márcio Rocha, presidente da Coopercam, destaca ser fundamental que “a cooperativa esteja não somente atenta aos desafios globais do mercado café, mas também que se prontifique a auxiliar seus cooperados a compreender esses obstáculos e ajudá-los a abrandar essas situações. Afinal, temos o compromisso de sempre fazer o melhor para nossos associados”.
Para o palestrante Franco Junior, os dois principais desafios dos cafeicultores são o clima e a baixa produtividade. Segundo o engenheiro agrônomo, as lavouras de café ainda não recuperaram o impacto da geada severa ocorrida em 2021. “Pensando nisso, nesse novo modelo de agricultura, com as práticas e as técnicas corretas, é importante trabalhar a melhoria do solo e as raízes. Com o aprofundamento radicular, as plantas irão encontrar água, mesmo com déficit hídrico, e as plantas irão suportar melhor as altas temperaturas e, com isso, irão produzir com mais qualidade e quantidade”, explica.
Mas ele ressalta que não se trata apenas de trabalhar o solo. “É preciso abordar de uma forma ampla a propriedade. Não se trata apenas de cuidar do solo, mas de todas as questões ambientais, como as nascentes e outros. Essas práticas, com certeza, irão mitigar esses desafios. Melhorar a produtividade com sustentabilidade”, explica.
Para Josiani, a cafeicultura também enfrenta outros desafios significativos, como a alta nos preços do café e a necessidade de gestão eficaz dos custos de produção. “As mudanças climáticas alteram padrões de temperatura e precipitação, prejudicando a produtividade e a qualidade do grão, além de favorecer o aumento de doenças como a ferrugem do café. Portanto, o controle dos custos de produção é crítico; os produtores devem entender seus gastos operacionais e adotar práticas sustentáveis, como agroecologia e certificações ambientais”, conclui.
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