Controle de roedores é fundamental na época das chuvas

26.02.2009 | 20:59 (UTC -3)

A presença de ratos em ambientes urbanos é um dos principais problemas atuais de saúde pública. Atraídos pela vasta oferta de alimentos, principalmente nos grandes centros, estes roedores constituem verdadeiras colônias em ambientes como esgotos, terrenos baldios, construções e até mesmo em algumas residências. Além da repugnância e do medo causado em algumas pessoas, os ratos são vetores mecânicos de doenças.

“Estes animais carregam com eles uma grande carga de micróbios e bactérias, adquiridos nos ambientes poluídos por onde transitam. Desta forma, não seria exagero afirmar que os ratos são focos ambulantes de doenças”, afirma Luis Fernando Macul, gerente de Marketing de Saúde Ambiental da Bayer CropScience.

Para Macul, outro ponto muito importante é que o roedor traz, internamente, uma das doenças mais preocupantes nesta época de chuvas: a leptospirose. “Ao urinar, os ratos eliminam a leptospira, bactéria causadora da leptospirose. Com o grande índice de chuvas na época do verão, e as consequentes enchentes em regiões metropolitanas próximas a córregos e rios, as águas contaminadas por esta bactéria transbordam por ruas e vias públicas, podendo invadir casas e, às vezes, bairros inteiros. As pessoas que podem ser contaminadas são aquelas que, geralmente, são expostas a estas águas por um período prolongado”, explica.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, a leptospirose é uma doença sistêmica aguda, que acomete homens e animais, com ocorrência durante o ano todo, porém com maior incidência nos meses de verão, devido às chuvas e enchentes. Seu quadro clínico varia desde infecção assintomática até quadros graves que levam o paciente ao óbito. Números do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo, apontam que, no ano de 2008, foram confirmados 512 casos da doença e, destes, 70 foram fatais.

Segundo Macul, para minimizar o risco de contaminação é necessário que todos adotem medidas cotidianas para reduzir a presença de roedores e, com isso, os índices de infecção. “Como os roedores se proliferam rapidamente, seu controle deve ser constante. Então, além da manutenção das condições de higiene, deve-se prestar muita atenção a questão do lixo. Por isso lixeiras devem ser devidamente tapadas e os alimentos descartados por restaurantes, por exemplo, devem ser retirados diariamente ou acondicionados em câmaras frias”, explica, salientando que os locais de armazenamento do lixo devem ser azulejados permitindo uma fácil higienização.

Para o gerente, outra frente de ação muito importante é representada pelos programas de controle de roedores, realizados pelos Centros de Controle de Zoonozes. “Assim como as campanhas para o controle da dengue, por exemplo, esses programas agregam conhecimento, por meio de campanhas educativas que orientam a população em relação aos riscos da contaminação devido a presença de ratos”.

Segundo Macul, o controle de roedores e a redução dos casos de leptospirose são tarefas de responsabilidade não apenas do poder público, mas de cada cidadão. “O controle de roedores é uma ação que deve funcionar de forma integrada e que precisa começar dentro de cada residência”, concluí.

Conheça os sintomas da Leptospirose

De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, os pacientes com infecção por leptospirose apresentam febre, dores musculares (principalmente nas panturrilhas), vômitos, calafrios, diminuição do volume urinário, hiperemia conjuntiva – vermelhidão dos olhos – e icterícia ou mesmo sinais e sintomas de processo infeccioso inespecífico, com antecedentes de risco, tais como contato com água, lama de enchentes ou mesmo o contato direto com urina de roedores.

Segundo as recomendações da Secretaria, com o aparecimento dos primeiros sintomas e o histórico recente de exposição prolongada a situações de risco, como enchentes, deve-se imediatamente procurar o serviço médico e realizar os exames apropriados, pois quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais efetivo será o tratamento.

Informações adicionais:

Fonte: LVBA Comunicação - (11) 3039-0678

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