Embrapa Pecuária Sul conta com novos profissionais

25.02.2009 | 20:59 (UTC -3)

Crescer e se consolidar como um dos mais fortes Centros de pesquisa do Rio Grande do Sul: esta é uma das metas da Embrapa Pecuária Sul . Desde 2008, a Unidade passa por um processo de reegenharia, que, além da expansão estrutural, prevê como uma das prioridades o investimento no capital humano. A Unidade de Bagé contratou quatro novos funcionários e também tem buscado novos estagiários.

Uma das mais novas contratações é o médico veterinário Paulo Campos de Figueiredo, formado pela Universidade Federal do Mato Grosso, que volta aos pampas após 40 anos. O gaúcho de Vacaria, mudou-se para o Estado de Mato Grosso aos cinco anos de idade, vivendo cerca de 14 anos em Campo Grande, na região do Pantanal. Na Embrapa, coordenará as atividades de pesquisa nos campos experimentais e o controle nutricional e sanitário do rebanho.

Também incorporada ao quadro funcional da Embrapa foi a técnica em química Rossana Leitzke Granada, oriunda do Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas. Em seu currículo, consta a atuação no Laboratório de Água, Celulose e Afluentes de Pelotas. A jovem de 26 anos ocupará o cargo de laboratorista na área de Parasitologia.

Outros dois pelotenses compõem o time de profissionais da Embrapa, são eles: Clóvis Treptow e Paulo Antonio Poliesti de Ávila. Treptow é técnico contábil e acadêmico de Economia pela Universidade Federal de Pelotas, e possui cursos na área de manutenção mecânica, função que desempenhará na Unidade. Há três semanas no Centro, ele destaca a relação interpessoal como sendo um dos pontos mais favoráveis, o que torna o ambiente de trabalho verdadeiramente agradável, e confessa que aproveitará esta oportunidade para se aprimorar. Já Ávila, é tecnólogo eletromecânico e desenhista de plantas industriais, possuindo diversos cursos nestas áreas. Possui experiência em supervisão de montagem eletromecânica na Bünge Alimentos de Londrina, Paraná, e aponta a estabilidade ofertada pela Embrapa como uma das motivações para a mudança de vida.

As contratações, previstas pelo IV Plano Diretor da Embrapa Pecuária Sul (PDU), são justificadas pelo Chefe Administrativo Ricardo Cohen, que enaltece que uma entidade de pesquisa deve manter e garantir como prioridade a execução de tarefas e atividades que venham a atender as demandas dos projetos provenientes de sua equipe de pesquisadores, tornando desta maneira, indispensável a formação de um quadro funcional que aja como suporte. “Estamos em busca do cumprimento de metas pactuadas pelo Plano Diretor, mas para que estas sejam alcançadas com maior efetividade, necessitamos deste novo aporte de contratações, do contrário seria impossível alcançá-las”, enfatizou Cohen.

Investimento em estágios

A Unidade também tem investido e buscado novos estagiários, possuindo, hoje 40 jovens graduandos. Mesmo com as mudanças na Lei Federal que, hoje, determina uma série de normativas, a empresa valoriza este tipo de mão-de-obra. Segundo Ricardo Cohen, os serviços realizados pelos acadêmicos de nível superior são tão imprescindíveis quanto os de qualquer outro funcionário de apoio. “Na maioria das vezes, os estagiários estão previstos em projetos, passando a atuar como peças-chave no desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa”, explica ele. “O pesquisador, enquanto coordenador da atividade, necessita deste suporte para dar vazão a todas as respostas que são inerentes a pesquisa”, acrescentou o Chefe.

As principais mudanças na Lei, porém, afetaram tanto estagiários quanto orientadores, neste caso específico, os pesquisadores. Uma das pautas que alimentam os debates entre as classes é o tempo máximo de permanência de um estudante na empresa, que passa a ser de dois anos. Daniel Montardo, que, atualmente, possui três estagiários de pesquisa, destaca que tanto a Embrapa quanto os estagiários de iniciação científica estão sujeitos a serem prejudicados com a ocasional rotatividade, pois muitos graduandos poderão não acompanhar o trabalho, em parte desenvolvido por eles, até o final.

Para Marcelo Blois, estagiário na área de Informática, supervisionado pelo pesquisador Fernando Flores Cardoso, a lei também possui pontos positivos, tais como a diminuição na jornada de trabalho, que passa a ser de seis horas diárias, possibilitando, segundo ele, uma maior dedicação aos estudos. Férias remuneradas e auxílio-transporte também estão entre as novidades obrigatórias.

O chefe administrativo afirma que a lei será respeitada, e que as novas contratações e possíveis renovações de contratos serão a ela adaptadas.

Cristiane Betemps

Embrapa

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