Conservação do Solo foi tema de curso de atualização em Passo Fundo, RS

Passo Fundo recebeu a quarta edição do curso entre os dias 27 e 29 de setembro, na Embrapa Trigo

04.10.2018 | 20:59 (UTC -3)
Fabiana Trebilock

A Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (SARGS) e a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Porto Alegre (AEAPA), em parceria com a Embrapa Trigo e com patrocínio da Syngenta, promoveram o curso de Atualização Agronômica em Agricultura Conservacionista. Passo Fundo recebeu a quarta edição do curso entre os dias 27 e 29 de setembro, na Embrapa Trigo.

O Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Jorge Lemainski, destaca as premissas da Agricultura Conservacionista, que são: “segure a água onde ela cai, através da diversificação de culturas, plantio em contorno, terraços e nenhum sistema é melhor do que o humano que vai manejá-lo”, reforça Jorge.

"Ao levarmos esse conhecimento prático aos técnicos gaúchos participantes, estamos reforçando a contribuição da Syngenta para aumentar a produtividade do solo de forma sustentável. Disseminar as boas práticas no campo reforça um dos principais compromissos assumidos pela Syngenta, de recuperar terras cultiváveis, que é parte do Plano de Agricultura Sustentável da companhia”, afirma Tiago Noronha, Gerente de Assuntos Públicos da Syngenta

Segundo o professor da UFRGS, Pedro Selbach, é preciso olhar com atenção para as perdas de solo que vem ocorrendo e, eventos como esse, têm o objetivo de capacitar cada vez mais as equipes técnicas e difundir os mecanismos de conservação aos produtores rurais. “O centro da discussão é como manter a água da chuva onde ela cai”, disse ele.

Para atingir esse propósito, o ministrante José Denardin (Embrapa), explica que a palhada da aveia ou de coberturas de inverno não é suficiente. A raiz da aveia dura apenas alguns meses no solo, a raiz do milho é preservada por até dois anos e canaliza a água da chuva para além da camada superficial. “O solo compactado, tem apenas um horizonte poroso e os nutrientes, fósforo, potássio e outros, são carreados pela erosão para fora da lavoura”, explica o pesquisador.

Numa combinação de exposições teóricas na sede da Embrapa Trigo e visitas a propriedades da região, como a Fazenda da Sementes Falcão, em Sarandi, o curso foi amplamente elogiado e bem avaliado pelos participantes. As lavouras das Sementes Falcão são referência no que diz respeito aos fundamentos de agricultura conservacionista, com a construção de terraços de base larga para reter água, é um sistema eficaz para aproveitamento da área. De acordo com Luiz Fernando Rocha, da Fepam Regional Planalto, “o curso foi perfeito porque foi ministrado pelos profissionais da Embrapa, que sabem aplicar as técnicas corretas de conservação do solo porque esse é o seu dia-a-dia e o fazem com amor”. Liese de Vargas Pereira, funcionária da área de fiscalização da SEAPI, concorda e diz que “vimos a importância de cada vez mais trazer práticas sustentáveis para a agricultura do Rio Grande do Sul”.

Essa edição do evento contou também com a apresentação do Projeto Colmeia Viva, iniciativa liderada pelo setor de defensivos agrícolas que incentiva o diálogo entre agricultores e apicultores.

No dia 10 de outubro de 2018, as entidades farão um Dia de Campo novamente em Passo Fundo, nas dependências da Embrapa Trigo, para aprofundar os conhecimentos em agricultura conservacionista. Os profissionais que participaram do curso são convidados a trazerem para este evento os seus clientes e assistidos, para acompanhar na prática os resultados e ganhos quando técnicas de conservação do solo são aplicadas na lavoura. Mais informações em www.sargs.com.br.

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