Conselho Agropecuário do Sul avalia influenza e crise financeira mundial

03.05.2009 | 20:59 (UTC -3)

Respostas à crise financeira, à influenza norte-americana e às mudanças climáticas foram destaques da 16ª reunião ordinária do Conselho Agropecuário do Sul, em Assunção (Paraguai), que terminou quinta-feira (30/04).

Ministros e representantes de ministérios da agricultura da Argentina, da Bolívia, do Chile, do Paraguai, do Uruguai e do Brasil apresentaram avaliações e propostas de políticas que respondem às demandas econômicas, sanitárias e ambientais, de maneira a integrá-las num esforço conjunto.

Participaram os especialistas das organizações Mundial da Saúde (OMS), das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e Internacional das Epizootias (OIE), que se dedica a epidemias e saúde animal. “Um dos pontos mais importantes da reunião foi a constatação unânime de que é importante esclarecer que essa influenza atinge seres humanos e não há caso de suínos infectados, mesmo com a presença de componentes genéticos dos suínos, além de humanos e aviários no vírus. Técnicos reconhecidos internacionalmente já demonstraram isso. Essa ideia foi novamente reforçada na reunião”, afirmou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Edilson Guimarães, que representou o ministro Reinhold Stephanes no encontro.

Reação sulamericana à crise - Guimarães explica que também foram discutidas medidas dos países integrantes do CAS para reagir à crise financeira internacional e seu impacto na agricultura. Ele observou que, embora não se trate de um fórum de decisões, mas de discussões, os países do CAS preocupam-se em trocar informações e usar as experiências compartilhadas para formular e aperfeiçoar suas próprias políticas públicas.

A respeito da crise financeira internacional, foi reforçada a ideia de que a agricultura sulamericana não só reagiu bem, como foi importante para reduzir os efeitos da crise na região. “A região estava em melhores condições do que o resto do mundo em se tratando do setor agrícola; por isso, a agropecuária sulamericana teve um papel importante entre os fatores que atenuaram o impacto da crise na América do Sul que, como outras regiões em desenvolvimento, foram responsáveis pelo desencadeamento desse problema”, informou o secretário de Política Agrícola do Mapa.

Diante dos problemas enfrentados pelos países da região em decorrência da crise financeira internacional, Guimarães disse que as iniciativas de cooperação entre esses países devem ser fortalecidas e ampliadas. “Avaliar a situação da agricultura de cada país quanto ao impacto da crise e resposta do setor às medidas adotadas é um dos objetivos perseguidos atualmente pelo CAS”, observa.

Também foi discutida, nessa quinta-feira, a criação de um grupo de trabalho formado por representantes dos países membros do CAS, para promover estudos sobre o uso de recursos naturais no setor agropecuário de cada um desses países.

Participaram do encontro o subsecretário de Agroindústria e Mercados da Argentina, Rubén Patrouilleau, a ministra de Desenvolvimento Rural e Terras da Bolívia, Julia Ramos, a ministra de Agricultura do Chile, Marigen Hornkohl, o ministro de Agricultura e Pecuária do Paraguai, Enzo Cardozo Jiménez, o ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Ernesto Agazzi, que preside interinamente o CAS, e além do secretário de Política Agrícola do Mapa.

Informações adicionais sobre o Conselho Agropecuário do Sul no link abaixo:

Débora Pinheiro

Mapa

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