Preços agrícolas sobem 1,25% na 3ª quadrissemana de abril

30.04.2009 | 20:59 (UTC -3)

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) subiu 1,25% na terceira quadrissemana de abril, informa o Instituto de Economia Agrícola - IEA/Apta da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A análise foi elaborada pelos pesquisadores Eder Pinatti, José Alberto Ângelo, José Sidnei Gonçalves e Luis Henrique Perez.

As altas mais expressivas foram verificadas nos preços da banana (47,74%), da carne suína (10,19%), do tomate (8,76%) e da laranja para mesa (5,41%). A elevação do preço da banana é justificada pelo aumento do consumo que ocorre no outono e pela redução na velocidade de crescimento dos cachos, devido à temperatura mais amena, o que provoca atraso na produção, pontua a pesquisa. Os preços de fevereiro e março foram excepcionalmente baixos, fazendo com que a sua evolução normal, em abril, apresentasse variação acentuada.

Ao contrário da banana, a variação de preços do tomate está em desaceleração, dizem os pesquisadores do IEA, pois a base de comparação (preço do mês anterior) também se elevou dentro do padrão de variação estacional observado nos últimos anos. Já o persistente aumento nos preços da laranja de mesa, após o fim do verão, foge do comportamento típico, observam. “O esperado para abril era queda de preços”.

Também os preços da carne suína apresentaram variação atípica, segundo os técnicos. “Pelos padrões de comportamento do mercado interno, os preços em abril deveriam estar em queda, mas a influência das exportações, afetada pela crise internacional, alterou o padrão”, afirmam os pesquisadores. Os preços caíram quando deviam estar em elevação e, agora, se recuperam com a retomada de encomendas externas, além da diminuição da oferta no mercado interno.

Com os baixos valores recebidos nos últimos meses, os suinocultores reduziram a produção, dizem os pesquisadores. “A ocorrência de gripe suína na América do Norte já provoca restrições dos importadores russos, o que deve favorecer os produtores brasileiros”.Isto, apesar de não haver nenhum registro de contaminação em suínos, do animal para o homem e vice-versa.

As quedas mais significativas ocorreram nos preços do amendoim (8,11%), do feijão (6,86%), do arroz (6,28%) e da carne de frango (5,93%). No caso do amendoim, o recuo nos preços começou a atenuar-se, preparando-se para a inversão de tendência nas próximas semanas, analisa os autores do estudo.

Já os preços do feijão, embora em ritmo menos acelerado, continuaram a cair a níveis que reduzem a lucratividade dos produtores a valores próximos de zero, podendo não cobrir os custos daqueles menos eficientes. E os preços de arroz vêm caindo no âmbito do produtor, depois de atingir patamar bem acima do verificado no ano passado e do produto concorrente gaúcho.

O comportamento da evolução dos índices quadrissemanais de preços aponta a tendência da alta verificada na quadrissemana anterior. O índice geral e dos produtos vegetais avançaram, respectivamente, 0,5 e 0,2 pontos percentuais, observam os pesquisadores. Já o índice dos produtos animais subiu 1,1 ponto percentual, seguindo a tendência de alta, mantendo-se, entretanto, negativo. “O comportamento dos índices está dentro do padrão esperado para o período, já que, com o inicio da entressafra para a maioria dos produtos que compõem os índices, estes apresentam suas cotações em tendência de alta, justamente pela menor oferta destes produtos”.

Para ler o artigo na íntegra utilize o link abaixo:

Euzi Dognani/ Adriana Rota/ Nara Guimarães

Assessoria de Comunicação da Secretaria

(11) 5067-0069 –

José Venâncio de Resende

Assessoria de Comunicação da Apta

(11) 5067-0424

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