Congresso aborda os desafios da “semente perfeita”

19.08.2009 | 20:59 (UTC -3)

O 16º Congresso Brasileiro de Sementes, promovido pela Abrates (Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes), será realizado em Curitiba/PR, de 31 de agosto a 3 de setembro de 2009.

Como alcançar o objetivo de produzir e manter sementes de alta qualidade é o foco da palestra que Miller B. McDonald, professor do Departamento de Horticultura e Ciências Agrícolas da Universidade de Ohio, ministra durante evento.

Uma semente de alta qualidade pode ser definida como uma semente geneticamente uniforme, altamente viável e livre de agentes patogênicos. Na visão do pesquisador, o primeiro passo na obtenção da semente de alta qualidade passa pelo entendimento de como produzir a “semente perfeita” no campo ou na casa de vegetação. Uma falha nesse entendimento compromete a colheita e operações de limpeza, o que leva à produção de uma semente de baixa qualidade.

McDonald defende seis princípios norteadores ao se produzir sementes: “Plantas de alta qualidade produzem sementes de alta qualidade; conheça a planta a ser trabalhada; minimize a produtividade, maximize a qualidade; incorpore colheitas múltiplas; entenda de florescimento e polinização e compreenda a Janela de Indução à Dormência”, destaca.

Na visão do pesquisador, outro aspecto importante para a produção de uma semente de alta qualidade é a compreensão do grau de umidade da semente. “É um conhecimento importante se considerarmos sua influência na fisiologia, suscetibilidade a ataques de patógenos, danos mecânicos e armazenagem”. O conhecimento desse parâmetro é de suma importância desde a fase de pré-colheita, no campo, na colheita, na secagem, durante o beneficiamento, e durante a germinação.

Os testes de controle de vigor também são fatores essenciais para quem persegue continuamente a qualidade. “Uma semente pode estar comprometida por vários aspectos durante o processo de produção. A utilização dos testes sensitivos para o vigor pode identificar aonde e quando a qualidade da semente foi perdida e assegurar que somente as sementes de qualidade serão comercializadas pela empresa”, argumenta. O pesquisador apresenta durante sua palestra o Sistema de Imagens/Monitoramento para o Vigor de Semente, desenvolvido na Universidade de Ohio, que consiste em uma nova abordagem para o teste de vigor de sementes, a partir do uso de computadores.

Na caminhada rumo à excelência, o quarto fator que Mcdonald considera essencial na busca da semente perfeita é a formação dos profissionais para enfrentar os desafios globais da produção de sementes. “Tão complexo quanto os fatores técnicos e considerando o valor crescente das sementes, acreditamos que estudantes, indústrias e técnicos da área de sementes devam receber a melhor educação global nessa disciplina essencial da agricultura”, argumenta. Para isso, cinco universidades da América do Sul e América do Norte uniram-se para formar o Consórcio para o Treinamento Internacional em Tecnologia de Sementes. O funcionamento do Consórcio, que pretende usar as novas tecnologias de comunicação para processos de formação e exames de certificação, entre outras iniciativas, será detalhado por Mcdonald durante sua apresentação.

Carina Gomes Rufino

Assessoria de Imprensa – Congresso Brasileiro de Soja

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