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Representantes dos setores acadêmico, público e privado, além da indústria, discutem as inovações necessárias para os biocombustíveis, durante a quarta sessão plenária da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, nesta quarta-feira (19/11), em São Paulo/SP. O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvio Crestana, moderador da discussão, ressaltou a importância do desenvolvimento tecnológico em biocombustíveis para, inclusive, reduzir o preço do etanol. “De US$ 40 por gigajaules, em 1975, caiu para US$ 15, em 2005”, comparou.
Crestana afirmou, também, que os biocombustíveis geraram avanço tanto na agricultura, com o aumento da produção agrícola, como na indústria, com a criação da tecnologia de veículos flex fuel, que está, praticamente, em toda a frota de veículos nacionais. “A cana-de-açúcar para etanol é um negócio muito importante para a pesquisa tecnológica”, salientou.
Ainda na abertura da primeira sessão plenária do dia, o presidente da Academia Africana de Ciências do Sudão, Mohammed Hassan, defendeu a idéia de que o mundo, hoje, precisa de mais tecnologia do que nunca. “Precisamos de Ciência para aproveitar as plantas cuja eficiência de absorção de energia sirva para o transporte”, sugeriu. Hassan enfatizou, ainda, que o maior desafio na área energética é a produção de biocombustíveis a partir de culturas “não elementares”, ou seja, que não concorram com a produção de alimentos ou ração animal.
Centro internacional de pesquisa - Hassan, que também é diretor-executivo da Academia de Ciências do Mundo em Desenvolvimento (TWAS, sigla em inglês), propôs a criação de um centro internacional de excelência em biocombustíveis no Brasil. “A pesquisa está muito concentrada no Brasil e nos Estados Unidos, mas poderíamos unir pesquisadores do mundo inteiro, já que esta é uma questão mundial”. O sudanês sugeriu que o tema fosse tratado durante o Segmento Intergovernamental de Alto Nível da conferência, que reunirá autoridades de governo, nestas quinta (20) e sexta-feiras (21).
O reconhecimento do Brasil na produção de etanol também foi colocado em destaque pela presidente do Centro de Controle de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Lúcia Melo. “O País é líder na produção e no esforço concentrado em desenvolver os biocombustiveis, com centros de pesquisa e uma gama expressiva de novas tecnologias e impacto direto no sistema de transporte”, opinou.
Fonte: www.agricultura.gov.br
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