Colheita de milho segue no Brasil; nos EUA há previsão de recorde

Próximos 30 dias devem definir o volume a ser colhido na safra norte-americana

20.07.2023 | 08:46 (UTC -3)

Apesar de uma ligeira queda nos preços, há expectativa positiva para a safra de milho no Brasil e nos Estados Unidos durante o segundo semestre deste ano. A previsão de uma abundante colheita no Brasil e uma produção recorde nos Estados Unidos têm contribuído para essa perspectiva otimista.

Segundo a Conab, as boas condições climáticas no Brasil estão favorecendo a colheita do grão. Até agora, 38,7% da área total de milho do país já foi colhida, sem sinal de significativas incertezas sobre o volume a ser colhido na segunda safra.

Por outro lado, em termos de preços, analistas da Conab informam que os "próximos 30 dias serão fundamentais para a definição do volume a ser colhido na safra norte-americana e, consequentemente, para os preços comercializados internamente no país, dado que a produção dos EUA é hoje o principal formador de preços".

Nos EUA, o Departamento de Agricultura (USDA) divulgou estimativa de produção de 389,1 milhões de toneladas para este ano, um recorde histórico. Apesar de condições de seca em algumas áreas produtoras de grãos, a expansão da área cultivada e uma produtividade acima das expectativas do mercado têm alimentado o otimismo.

No entanto, existe alguma incerteza quanto à necessidade de uma possível revisão para baixo da produtividade e, consequentemente, da produção americana, gerando especulações e volatilidade dos preços no mercado internacional.

Situação da colheita no Brasil

No estado de Mato Grosso, onde a colheita de milho está em pleno andamento, a produtividade média se mantém alta. De acordo com a Sureg/MT, 67,7% da área de milho do estado já foi colhida, superando a produtividade média de 6 mil kg/ha. No mesmo período do ano passado o percentual colhido era de 81,5%.

A situação é diferente em Goiás. Segundo a Sureg/GO, a colheita tem avançado lentamente apesar da baixa umidade dos grãos (14 a 17%). Os baixos preços têm desencorajado os produtores.

No Mato Grosso do Sul, as recentes precipitações favoreceram o enchimento de grãos nas lavouras tardias, o que deve contribuir para um maior peso dos grãos. No entanto, a colheita ainda está lenta, pois os produtores estão aguardando menores níveis de umidade nos grãos para prosseguir.

Exportações em ascensão

As exportações brasileiras de milho estão em alta, com um total de 5,5 milhões de toneladas já registradas entre fevereiro e junho deste ano. O estado de Mato Grosso lidera em volume de grãos embarcados. Além disso, com a abertura do mercado chinês ao milho brasileiro, que agora é o segundo maior comprador do cereal, e a expectativa de uma boa safra no Brasil, o país deve continuar se destacando na venda de milho no mercado internacional.

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