Segunda edição do Cotton Day conecta representantes do setor algodoeiro em Rondonópolis

A Brado realiza a segunda edição do Cotton Day em Rondonópolis (MT) no próximo dia 26 de julho. Será um encontro entre os principais clientes, fornecedores e parceiros do mercado algodoeiro. Entre os confirmados, estão representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso (OCB/MT).

“O Cotton Day é um evento de relacionamento, uma oportunidade de reunir no mesmo espaço os diversos elos da cadeia do algodão antes do início da nova safra”, afirma o presidente da Brado, Marcelo Saraiva. “Cada vez mais o potencial para o transporte multimodal da pluma com base ferroviária vem se solidificando. Nas duas últimas safras, nosso share em Mato Grosso cresceu de 18% para 28%, o que nos coloca em uma posição de referência nesse mercado e nos possibilita uma excelente oportunidade, nesse encontro, de buscar e promover conexões importantes entre os representantes do setor”, completa.

Conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil é hoje o quarto maior produtor de pluma de algodão no mundo, com 12% de participação, ao lado de potências como China (26%), Índia (22%) e Estados Unidos (12%). O País ocupa ainda a segunda posição em exportação, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Na última safra (ago22/jul23), a Brado movimentou mais de 11 mil contêineres com destino ao Porto de Santos (SP), cerca de 280 mil toneladas. De acordo com o diretor Comercial da Brado, Daniel Salcedo, esses números reforçam o quanto a Companhia acredita no potencial do mercado e tem investido para levar o algodão brasileiro ainda mais longe. “Para acompanhar o crescimento do mercado, em 2022 ampliamos nosso terminal de transbordo em Rondonópolis (MT) e dobramos a capacidade da operação de pluma”, diz.

Atualmente a área dedicada exclusivamente ao algodão dentro do terminal conta com 8,2 mil m² de área útil. Durante o Cotton Day, os participantes farão uma visita às instalações do terminal.

Nova safra

A produção de algodão em pluma do Brasil na safra 2022/23 – que está começando a ser colhida – é estimada pela consultoria AgRural em 3,010 milhões de toneladas. O número representa um crescimento de 18% em relação à safra passada e é novo recorde para o País. Esse aumento deve-se a um incremento de 5% na área plantada e a um avanço de 13% na produtividade, que neste ano foi beneficiada por condições climáticas mais favoráveis.

A consultoria, que estará presente no Cotton Day, estima a produção de Mato Grosso em 2,119 milhões de toneladas, cerca de 70% da produção do país. Em relação à safra passada, o aumento é de 20%.

Esse aumento de produção abre espaço para o Brasil ampliar as exportações de algodão em pluma na temporada comercial que começa em ago/23 e vai até jul/24, um período em que se espera recuperação da demanda internacional após um ano de comércio mais lento causado pela desaceleração econômica mundial.

“O aumento da produção brasileira acontece em uma temporada de expectativa de melhora na demanda mundial. Isso destaca ainda mais a importância do algodão do Brasil no mercado internacional e abre espaço para que o país continue reforçando seu papel de fornecedor confiável de pluma de qualidade”, diz Fernando Muraro, sócio-diretor da AgRural.

Sustentabilidade

Um dos principais diferenciais do transporte multimodal é a redução de emissão de gases de efeito estufa. A Brado desenvolveu uma ferramenta que calcula as emissões de gás carbônico evitadas com a multimodalidade, o Green Log. Ao optar pelo transporte ferroviário, na última safra os clientes do segmento de algodão deixaram de emitir cerca de 37 mil toneladas de CO2, equivalentes à emissão anual de mais de 8 mil veículos. Seriam necessárias 268 mil árvores para absorver integralmente esse volume de CO2 que deixou de ser emitido.