Desenvolvimento da soja no Rio Grande do Sul é favorecido pelo clima
O plantio evoluiu de 98% para 99% da área projetada; estimativa para a safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares
O Brasil deve exportar menos soja este ano em comparação ao ano anterior. O novo cenário é consequência da estimativa de produção para a safra de grãos 2023/2024, divulgada quarta-feira (10/01) pela Conab. O estudo projeta uma redução de 4,2% na produção da oleaginosa em relação à estimativa anterior. De 162 milhões de toneladas previstas inicialmente, a lavoura deve render 155,3 milhões de toneladas. A redução é consequência do clima adverso, com chuvas mal distribuídas e temperaturas elevadas
“A safra menor, aliada à maior demanda interna por óleo vegetal, por conta da elevação do percentual de biodiesel adicionado ao diesel, deve resultar em menor exportação da soja em grão pelo Brasil”, acredita Salatiel Turra, analista da gerência de Desenvolvimento Técnico do Sistema Ocepar.
A produção total de milho está estimada em 117,6 milhões de toneladas, uma redução de 10,9% em comparação ao ciclo anterior. Esta diminuição é resultado de uma menor área plantada e de uma expectativa de rendimento das lavouras menos otimista. A primeira safra do cereal, que representa 20,7% da produção, enfrenta desafios como consequência do clima adverso. Mesmo com uma estimativa menor de produção, o Brasil se mantém como o maior exportador mundial do grão.
“No caso do arroz, há uma projeção de aumento nas exportações pelo Brasil. Isso devido à recuperação produtiva da cultura e ao aumento da área plantada, além da menor oferta de países exportadores”, diz Turra. Apesar dessa previsão, a Conab informa que a lavoura de arroz também sofre com os problemas climáticos. De acordo com o relatório da companhia, houve atraso no plantio, dificuldades nos tratos culturais, volume excessivo de chuvas ou de períodos de veranicos em regiões diversas, podendo gerar impactos desfavoráveis na produtividade.
A cultura do feijão em áreas pontuais também sente os efeitos do clima. Mesmo assim, é esperada uma estabilidade na produção.
“As condições climáticas adversas geraram desafios significativos na produção brasileira de grãos, influenciando o mercado nacional e internacional, com implicações específicas para cada cultura”, analisa Turra.
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