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Numa parceria entre Embrapa Algodão e Embrapa Agroenergia, ocorre entre os dias 23 a 25 de setembro, no Hotel Litoral, na cidade de João Pessoa/PB, uma oficina técnica com o tema “Construção de Cenários sobre o futuro da produção de biodiesel no Brasil”.
“Iremos examinar o futuro da produção de biodiesel a partir da cultura da mamona, realizando uma reflexão coletiva, juntamente com um seleto grupo de especialistas, sobre questões estratégicas neste tema e tentar vislumbrar cenários alternativos de futuro para essas questões,a partir de análise diagnóstica (já realizada) de cadeias produtivas fornecedoras de matéria prima agrícola, atuais e potenciais, para a produção de biodiesel”, diz Joffre Kouri, responsável pelo evento.
Ele explica que a oficina é parte de um projeto de pesquisa da Embrapa que realizou um amplo estudo diagnóstico sobre a produção de biodiesel a partir de cinco cadeias produtivas: canola, dendê, mamona, girassol e soja. O projeto analisa a viabilidade e competitividade destas cadeias, identificando demandas tecnológicas e não-tecnológicas para torna-las mais competitivas. O projeto é liderado por Antônio Maria Gomes de Castro e Suzana Valle Lima, ambos pesquisadores da Embrapa.
“A partir da década de 70, os efeitos combinados de três revoluções – tecnológica, econômica e sócio-cultural - desenham diversas transformações na matriz energética mundial. Essas transformações são o resultado de mudanças profundas nos paradigmas de desenvolvimento tecnológico, que geram a necessidade de uma nova matriz, na qual a geração de energia a partir da biomassa passa a ter um papel de destaque”, comenta Kouri.
Para o analista da Embrapa Algodão, tais transformações atingem cadeias produtivas e seus elos e as organizações públicas e privadas envolvidas em programas de desenvolvimento dessa nova atividade no Brasil, entre elas as que desenvolvem atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) agropecuárias.
“Estamos interessados em prospectar como estas transformações vão afetar no Brasil, nos próximos 10 anos, os setores público e privado envolvidos com o desenvolvimento da produção de biodiesel no Brasil. Cremos que existe um acervo disperso de conhecimentos e visões sobre estas questões, que se devidamente explicitado e organizado, será de grande valia para a formulação de estratégias de gestão das organizações envolvidas com a produção desse biocombustível”, comenta.
Segundo a coordenação do projeto, a construção de cenários alternativos é a técnica mundialmente utilizada para produzir visões coletivas de futuro, construídas a partir de uma base de informação consistente e ancoradas na experiência de conhecedores do tema prospectado.
A equipe coordenadora do projeto possui amplo domínio sobre a metodologia e técnicas de construção de cenários. Durante a oficina, os participantes serão orientados conceitual e metodologicamente por essa equipe na condução das análises. “Gostaríamos de chamar atenção para o fato que a participação em uma oficina de cenários é uma oportunidade para explorar, de forma muito criativa, organizada e coletiva, a complexidade e os possíveis desdobramentos de eventos que estão ocorrendo e que certamente vão afetar um determinado tema. Por se tratar de uma técnica interativa e de busca de convergência de pontos de vista, o participante contribui com o seu conhecimento específico e ao mesmo tempo, apreende o conhecimento e as visões de futuro de seus pares sobre questões relevantes do seu campo de trabalho. O processo passa a ser vantajoso não apenas para os promotores, mas para todos os participantes”, conclui Joffre.
Mais informações pode ser obtidas pelo correio eletrônico
ou através do telefone (83) 3182-4326.
Dalmo Oliveira da Silva
Embrapa
(83) 3182. 4300 /
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