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O Brasil consolidou-se como maior exportador mundial de algodão na safra 2023/24, ultrapassando os Estados Unidos. As exportações brasileiras alcançaram 2,7 milhões de toneladas entre agosto de 2023 e julho de 2024, com a China sendo o principal destino, representando 49% dos embarques. Apesar da liderança nos mercados globais, o setor enfrenta desafios com quedas nos preços internos e mudanças na dinâmica de demanda internacional, aponta relatório do Itaú BBA.
Os preços do algodão no mercado interno brasileiro vêm registrando quedas consecutivas. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a média de preços em outubro caiu 0,7%, e na primeira quinzena de novembro, a redução ultrapassou 1%, atingindo R$ 3,73 por libra-peso. Essa desvalorização é atribuída ao aumento da oferta doméstica, que manteve os preços internos abaixo dos valores praticados no mercado internacional.
A comercialização da safra 2024/25 no Mato Grosso está aquém da média dos últimos cinco anos, com apenas 41,6% negociados até o momento, informa o banco em relatório mensal. No mesmo período do ano passado, o índice era de 45,1%. Analistas apontam que a baixa nos preços, que estão 11% menores na comparação com o mesmo período do ano anterior, contribuiu para a retração na comercialização.
A produção brasileira de algodão para a safra 2024/25 tem projeção de crescimento de 3%, alcançando 3,7 milhões de toneladas, segundo estimativas da Conab e do USDA. A área plantada também deve expandir, atingindo 2 milhões de hectares. No entanto, no mercado global, a oferta e os estoques finais devem crescer, pressionando os preços e a competitividade.
Entre os principais produtores mundiais, apenas a Índia deverá registrar redução na área plantada. A safra americana, por outro lado, deve crescer 18% em 2024/25, apesar de recentes revisões que reduziram as expectativas para 3,1 milhões de toneladas.
A China, maior importadora global, deve reduzir suas compras de algodão em 2024/25. As importações chinesas, que foram de 3,3 milhões de toneladas na safra atual, devem cair para 2 milhões de toneladas, uma redução de 40%. O aumento na produção doméstica, o consumo enfraquecido e os estoques elevados explicam a retração.
Diante da queda na demanda chinesa, o Brasil precisará diversificar seus mercados de exportação para sustentar o volume de embarques. Atualmente, o Vietnã (14%), Bangladesh (11%) e Turquia (8%) são os principais destinos além da China.
Apesar dos desafios, as projeções indicam que o Brasil manterá a liderança global em exportações de algodão na safra 2024/25, com estimativas de 2,7 milhões de toneladas, segundo o USDA. As previsões da Conab e da Abrapa são ainda mais otimistas, apontando para 2,9 milhões de toneladas.
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