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A raça Brahman, que em 2011 completa 17 anos de seleção no Brasil, manteve sua excelente posição no mercado de sêmen brasileiro no ano que passou, conforme relatório divulgado recentemente pela ASBIA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial). A raça continua sendo a segunda opção mais utilizada pelos criadores brasileiros dentre os zebuínos de corte, ficando atrás somente da raça nelore. Além disso, é a terceira raça de corte no mercado de produção e comercialização de sêmen, sendo responsável por 4,24% da participação no mercado.
Segundo o relatório, em 2010, a raça Brahman comercializou 256.414 doses de sêmen. O número é superior ao comercializado em 2009, quando a raça vendeu 245.690 doses. O estado com maior destaque na comercialização de doses de sêmen da raça Brahman foi Minas Gerais.
Outro fato importante destacado pelo relatório da ASBIA é que o Brasil, com menos de duas décadas de seleção da raça Brahman, começa a se consolidar como um exportador de genética desta raça, tendo exportado no último ano 8.626 doses de sêmen para países como Canadá, Equador e Paraguai. “Nos últimos anos, a raça Brahman vem despontando em valorização e produtividade. Além disso, o crescimento de 36% na comercialização de sêmen, nos últimos cinco anos, é outro fato que deve ser bastante comemorado pelos brahmistas. Sabemos que a raça tem um grande potencial tanto pura, como nos cruzamentos, e o relatório da ASBIA de 2010, nos mostra que este potencial está sendo reconhecido pelo mercado brasileiro”, afirma Wilson Roberto Rodrigues, presidente da ACBB (Associação Brasileira dos Criadores de Brahman do Brasil).
Em 14 anos de produção de sêmen no Brasil, a raça Brahman está bem próxima de atingir a cifra de 2 milhões de doses de sêmen comercializadas, como ressalta o diretor executivo da ACBB, Lydio Cosac de Faria.
Retrospectiva
O ano de 2010 foi um ano de recordes para a raça Brahman. Além de ser destaque na mídia nacional e mundial, graças ao sucesso do XV Congresso Mundial da Raça Brahman, promovido pela primeira vez no Brasil em outubro passado, a raça continuou trilhando um caminho ascendente no campo, tanto em termos quantitativos como qualitativos.
A raça cresceu em vários aspectos. O Brahman fechou o ano de 2010 com um rebanho registrado pela ABCZ de quase 186 mil animais, sendo 117.658 fêmeas e 68.147machos. Nos últimos seis anos, foi o zebuíno de corte que mais cresceu 45,4% em números de registros de nascimentos. Já o crescimento exclusivo de registros de nascimento de animais da raça Brahman no último ano foi de 6,3%.
Outro recorde expressivo da raça Brahman aconteceu durante os leilões. Em 2010, os 66 remates realizados comercializaram um total de R$ 30,5 milhões. Números superiores ao de 2009, quando foram realizados 63 leilões, que faturaram um total de R$ 26.195.568,00. O número de lotes também cresceu. Foram ofertados 3.420 lotes, contra 2.544 lotes, no ano de 2009. A média dos animais também se manteve alta em 2010, alcançando um valor de R$ 8.931,00.
Os touros Brahman continuaram valorizados em 2010. Foram ofertados 1876 lotes com um valor médio de R$ 6.387,00. A valorização foi de 20% no valor médio praticado em relação a 2009. As fêmeas também demonstraram alta valorização, com média de R$ 10.847.
O bom desempenho no mercado de leilões colocou a raça Brahman (selecionada no Brasil desde 1994) na segunda posição do mercado das raças zebuínas de corte, atrás apenas do Nelore, raça com mais de 70 anos de seleção no Brasil.
Outros números positivos para a raça estão correlacionados diretamente com a constante preocupação dos selecionadores com a qualidade, a evolução genética e a adaptação dos animais. Prova disso, é que a raça vem sendo apontada como uma das mais férteis por profissionais da área de reprodução animal. A Produção In Vitro (PIV) de embriões também cresceu em 2010. Através deste processo, foram transferidos 19.557 embriões PO (Puro de Origem). “A PIV é a forma mais eficiente para multiplicação dos melhores animais. Esse crescimento mostra que os criadores de Brahman estão preocupados em otimizar suas melhores matrizes. Ou seja, as doadoras estão deixando um maior número de filhos. Sem dúvida, isso representa um ganho de qualidade”, ressalta o diretor executivo da ACBB.
Laura Pimenta
Assessoria de Imprensa da ACBB
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