Inmet prevê trimestre quente e seco no Brasil
Período de agosto a outubro terá chuvas abaixo da média e déficit hídrico em diversas regiões
Biodiversidade impulsiona funcionamento ecológico. Ela fortalece habitats contra pragas, doenças e efeitos do clima. Pesquisa global conduzida pela Universidade de Michigan revela que esse efeito se amplia em florestas mais úmidas.
Experimento envolveu 15 áreas de diversidade arbórea espalhadas por diferentes climas. Foram analisadas cerca de 100 000 árvores e quase 130 espécies. Em regiões com mais chuva, árvores cercadas por vizinhança diversificada cresceram mais. Em regiões secas, esse efeito foi fraco ou ausente.
O estudo adotou abordagem detalhada. Cada árvore teve seus oito vizinhos analisados. Avaliou‑se se eles diversificavam em espécie ou traços funcionais, como área foliar específica e densidade da madeira.
Peter Reich, autor sênior, ressaltou que “biodiversidade importa em todos os contextos. Mas nos experimentos, faz mais diferença em climas úmidos”. O conceito de “mais úmido” vai além da tropicalidade. Sob essa métrica, florestas de Michigan também se enquadram como úmidas.
Liting Zheng, autoria principal, alertou que mesclar árvores com traços diversos proporciona vantagem significativa. Para zonas úmidas, manter diversidade na vizinhança ajuda a aproveitar ao máximo o potencial da biodiversidade como solução baseada na natureza para o clima.
Outro achado relevante: em anos mais chuvosos dentro de climas úmidos, o benefício da diversidade sumiu. Ou seja, a biodiversidade mostrou-se mais útil nas condições médias, não necessariamente em extremos.
Limitação: as árvores observadas tinham entre 4 e 14 anos. Ainda que jovens, os autores não veem razão clara para que o padrão não se mantenha em florestas mais maduras.
Outras informações em doi.org/10.1038/s41559-025-02805-5
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