Bayer divulga resultados do 1º trimestre de 2025

Multinacional confirma plano de inovação para agricultura até 2029, com foco em rentabilidade e adaptação ao cenário global

13.05.2025 | 07:33 (UTC -3)
Revista Cultivar

A Bayer iniciou 2025 com vendas estáveis, mas registrou queda de 7,4% no EBITDA ajustado, somando € 4,085 bilhões no primeiro trimestre. O resultado foi impactado principalmente pelo desempenho da divisão agrícola (Crop Science), que enfrentou desafios regulatórios e ajustes estratégicos. Ainda assim, a empresa mantém confiança nas metas de longo prazo.

As vendas totais do grupo atingiram € 13,738 bilhões. O lucro líquido recuou 35,1%, ficando em € 1,299 bilhão. O EBIT caiu 24,8% após encargos especiais de € 587 milhões, ligados a litígios com o herbicida Roundup e reestruturações. A dívida financeira líquida subiu 5% desde o fim de 2024, totalizando € 34,255 bilhões.

A divisão agrícola registrou queda de 3,3% nas vendas ajustadas, chegando a € 7,580 bilhões. Conforme comunicado da empresa, pesaram no resultado a retirada do registro do dicamba nos EUA e o fim da autorização do Movento na Europa. A redução nas vendas de produtos à base de glifosato também contribuiu, embora herbicidas sem essa substância tenham avançado. O EBITDA da divisão recuou 10,2%, com margem de 33,7%.

Apesar do recuo, a Bayer reafirmou seu plano de cinco anos para a agricultura. A meta é gerar mais de € 3,5 bilhões em vendas incrementais por inovação até 2029. Também projeta fluxo de caixa livre superior a € 3 bilhões e margem de EBITDA na casa dos 20% médios. Entre as medidas estão o enxugamento do portfólio, foco em pesquisa e desenvolvimento com retorno mais claro e ajustes na produção.

Liderada por Rodrigo Santos, a divisão de Crop Science busca soluções regenerativas. Entre os destaques estão o sistema Preceon de milho, a soja Vyconic, com resistência a cinco herbicidas, e o novo herbicida icafolin. A estratégia mira resiliência diante das incertezas econômicas e geopolíticas.

Na divisão de medicamentos, as vendas subiram 4,1%, impulsionadas por novos produtos como Nubeqa (câncer) e Kerendia (doença renal), que cresceram 77,5% e 86,6%, respectivamente. O segmento de radiologia também teve alta, assim como os contraceptivos Mirena e YAZ. O EBITDA avançou 12,4%, com margem de 29,5%.

A área de Consumer Health cresceu 2,5%, puxada por maiores volumes na América do Norte e Ásia-Pacífico. O destaque foi a linha digestiva, com avanço de 12,7%. O EBITDA aumentou 3,3%, embora a margem tenha recuado levemente para 22,8%.

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