Bahia colhe 843 mil toneladas de algodão em 2024/25

A Bahia encerra a safra 2024/25 com 843 mil toneladas de pluma. O volume resulta de 413 mil hectares colhidos. A produtividade média alcança 2041 quilos por hectare. O índice supera o nacional, calculado em 1958 quilos.

A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abrapa) projeta para 2025/2026 recuo de 2,5% na área, para 402,8 mil hectares. A produção tende a acompanhar o ajuste e soma, por ora, 822 mil toneladas. A produtividade indicada permanece em 2041 quilos. A entidade avalia o número com cautela. O atraso do plantio causado pela demora das chuvas exige acompanhamento.

A irrigação sustentou o desempenho num ciclo marcado por clima irregular. O Oeste concentra o avanço. Pivôs cobrem um terço das lavouras. A área irrigada deve crescer de 140 mil hectares para cerca de 150 mil hectares em 2025/2026. O ciclo recém-colhido registrou 272,5 mil hectares de sequeiro (66%) e 140,6 mil hectares irrigados (34%).

A presidente da Abapa, Alessandra Zanotto Costa, ressalta que a irrigação garantiu formação das maçãs em março, período crítico. O manejo ocorre apenas quando necessário, com observância legal. A prática viabiliza duas safras e amplia a diversificação.

Na área fitossanitária, a Abapa classifica a safra como boa. O gerente Giorge Gomes cita desempenho recorde no Oeste e no Sudoeste. A área plantada cresceu mais de 20% ante 2023/2024. Persistiram pressões de mosca-branca.

A estiagem atingiu lavouras de sequeiro em algumas regiões. O Programa Fitossanitário manteve mais de dois mil quilômetros de rodovias livres de tigueras. Blitzes educativas com a Adab reforçam o correto embalo do algodão.

Níveis de bicudo na entressafra seguem abaixo do ciclo anterior. A entidade implantará programa de avaliação das aplicações aéreas. Projetos com Aiba, Embrapa e Fundação Bahia monitoram ramulária, ferrugem-asiática e carbono no solo.