Grupo Vittia recebe primeiro registro do país de macrobiológico que combate sete pragas do campo
Criso-Vit é um inseticida macrobiológico que auxilia o produtor com um dos problemas mais comuns nas lavouras: o ataque de pulgões e mosca-branca
Presente no Brasil há cinco safras, a companhia de origem australo-americana AgBiTech figura entre as que mais crescem no mercado de defensivos biológicos. Especialista no desenvolvimento de bioinseticidas à base de baculovírus, a empresa fechou o ciclo 2020-21 na dianteira do mercado de bioinseticidas para controle de lagartas nas principais culturas, com participação de 78% no algodão, 37% na soja e 31% no milho. Os dados são da consultoria Spark Inteligência Estratégica.
De acordo com o CEO global da AgBiTech, Adriano Vilas Boas, quando da chegada da companhia ao Brasil, em 2016, havia consultores e pesquisadores ainda céticos em relação ao desempenho de baculovírus. Por meio de investimentos de monta na área de pesquisa & desenvolvimento, diz o executivo, a companhia conseguiu virar o jogo. Hoje, acrescenta ele, a tendência identificada pela empresa, em estudos de mercado, é a de avanço, safra após safra, na integração dos baculovírus ao manejo do produtor.
Engenheira agrônoma, pós-doutora em entomologia, a pesquisadora Lucia Vivan, da Fundação Mato Grosso (FMT), acredita que a adesão aos baculovírus está se consolidando na fronteira agrícola. “O vírus às vezes é um pouco mais complicado do que o químico, porque a lagarta demora mais a ser controlada. Mas essa percepção muda na medida em que produtor vê o resultado da infecção ao longo do tempo”, resume ela.
À frente de pesquisas nas regiões do médio norte de Mato Grosso e na Serra da Petrovina, Lucia Vivan salienta que constata efetividade no emprego de baculovírus sobre as lagartas. “Observamos haver boa interação entre vírus e agroquímicos, inclusive com a redução de doses de químicos, o que melhora a questão de custos ao produtor”, enfatiza. Para ela, baculovírus também entregam resultados positivos se aplicados isoladamente, “desde que o emprego do vírus se dê no momento certo, quando as lagartas estiverem no início de desenvolvimento”, complementa.
Doutor e pesquisador da consultoria Desafios Agro, o engenheiro agrônomo Germison Tomquelski também realiza estudos envolvendo baculovírus, há mais de cinco anos. “O sucesso está no monitoramento de lagartas, no treinamento de equipes para que se chegue a melhores resultados trabalhando o manejo com as lagartas ainda pequenas”, reforça Tomquelski. “Dados de estudos mostram que os vírus elevam os resultados dos químicos na faixa de 30% a 40%”, continua o pesquisador.
Conforme Germison Tomquelski, na soja, por exemplo, a associação de baculovírus e químicos, “com aplicações feitas no momento certo” tem proporcionado ganhos de eficiência da ordem de 80% a 90% no controle. “Baculovírus são eficazes no manejo integrado de lagartas. Trata-se de uma ferramenta que se integra muito bem ao químico, frente a diversas lagartas, incluindo a Spodoptera frugiperda”, finaliza.
Para o engenheiro agrônomo e sócio diretor da consultoria Spark Inteligência Estratégica, André Dias, a integração dos bioinsumos, como os baculovírus, ao manejo de lagartas, se mostra uma alternativa viável e com representatividade crescente, no conjunto de estudos de mercado divulgados recentemente pela empresa, especializada nos segmentos de defensivos e sementes
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Estudos demonstraram que controle preventivo também é mais vantajoso economicamente que os custos envolvidos para a remissão de sintomas ou tentativa de cura e manutenção da produção quando se convive com a doença