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Uma expansão na área plantada com cebola e a manutenção da tendência de cultivo de trigo em quase todo o Estado. Essas são algumas das expectativas para a Safra de Inverno 2023/2024 em Santa Catarina. As informações foram repassadas durante o evento “Lançamento das Estimativas da Safra de Inverno e Análise e Perspectiva Climática”, realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e pela Secretaria de Estado da Agricultura (SAR) na segunda-feira, 19 de junho.
As estimativas são geradas a partir do monitoramento da safra desenvolvido pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). Além das culturas já mencionadas, também foram apresentados dados sobre a produção esperada de aveia, cevada e alho.
A área plantada com cebola, em Santa Catarina, deve crescer na safra 2023/2024. A estimativa inicial da Epagri/Cepa é que sejam cultivados 18,4 mil hectares da hortaliça, 4,5% a mais do que no ano passado. Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Jurandi Gugel, esse crescimento se explica pelo bom desempenho das lavouras e do mercado na safra passada. Santa Catarina é o principal produtor brasileiro da hortaliça.
Como a produtividade, na safra 2022/2023 ficou acima da média, a estimativa para a safra que inicia no segundo semestre deste ano é de uma produtividade um pouco menor, mas dentro da média histórica. A expectativa inicial é que a produção chegue a 554 mil toneladas, o que equivale à segunda maior quantidade desde 2012. A principal microrregião produtora de cebola é a de Ituporanga, seguida pela do Tabuleiro.
A produção de alho, que acontece principalmente nas microrregiões de Joaçaba e Curitibanos, deve ter um decréscimo na safra 2023/2024. A estimativa inicial é que a área plantada seja reduzida em mais de 27% na comparação com a safra anterior, ou seja, o cultivo deve abranger cerca de 1,17 mil hectares. Caso a perspectiva se confirme, será a menor área de plantio desde 2012, quando a Epagri/Cepa iniciou o monitoramento sistemático. A produção estimada é de quase 12 mil toneladas.
Segundo Gugel, essa tendência de redução na área plantada se explica pelos preços baixos pagos ao produtor na maior parte do período de comercialização da safra passada, que têm tornado a cultura menos atrativa. Há, no entanto, possibilidade de que ocorram mudanças na estimativa, porque nos últimos meses houve uma recuperação do mercado, o que pode influenciar a decisão dos produtores.
O principal cereal cultivado na temporada de inverno, em Santa Catarina, é o trigo. Na safra 2023/2024, a estimativa é que sejam plantados cerca de 137,4 mil hectares do grão. As principais microrregiões produtoras são Chapecó, Xanxerê, Curitibanos e Canoinhas. A expectativa de produtividade é de 3,4 mil quilos por hectare, o que deve render uma produção total de 475,5 mil toneladas. Essas estimativas representam um pequeno decréscimo na área plantada, de 1,6%, e na produção, de 1,3%, em comparação com a safra passada. No entanto, ao observar a trajetória da área ocupada pelo grão no Estado, percebe-se um acréscimo significativo no cultivo nos últimos anos. Para efeito de comparação, em 2019 o trigo ocupou 50,8 mil hectares.
Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, João Alves, o principal motivo da ampliação significativa da produção, nos últimos quatro anos, foi econômico, já que o trigo se manteve em um patamar de preço elevado. O uso do grão como insumo para a produção de ração também incentivou os produtores a ingressarem na cadeia produtiva, principalmente porque isso garante a comercialização do produto mesmo com uma qualidade inferior à exigida para produção de farinha.
Embora a produção de cevada ainda ocupe uma área pequena no Estado em comparação com a aveia e o trigo, a estimativa da Epagri/Cepa é que, na safra 2023/2024, a área plantada tenha um crescimento de pouco mais de 47% em comparação com a safra anterior. A estimativa é que sejam cultivados 1,3 mil hectares com o grão, a maior parte na microrregião de Curitibanos, mas também nos Campos de Lages e na microrregião de Joaçaba. A expectativa é que a produção total, na safra 2023/2024, chegue a 5,6 mil toneladas, um crescimento de quase 50% na comparação com a safra anterior.
Conforme Alves, a quantidade de cevada produzida em Santa Catarina oscila de maneira significativa de um ano para o outro, já que iniciativas específicas de empresas do setor de bebidas impulsionam o cultivo de acordo com a demanda. “De maneira geral, o cultivo de cevada acontece a partir de contratos fechados no momento do plantio, pois trata-se de um produto bastante sensível ao comportamento climático”, explica.
A estimativa para a produção de aveia é que sejam cultivados 33,3 mil hectares, praticamente a mesma quantidade da última safra. Já a produção e a produtividade devem ter um decréscimo de cerca de 3% em comparação com a safra 2022/2023. No total, a expectativa é que sejam colhidas mais de 51,5 mil toneladas do grão. A principal microrregião produtora é Xanxerê. De maneira geral, a produção catarinense do grão é destinada para sementes.
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