Argentina libera comercialmente novo algodão transgênico

A cultivar, desenvolvida pela empresa Gensus, combina três eventos biotecnológicos

08.08.2025 | 14:38 (UTC -3)
Revista Cultivar

O Ministério da Economia autorizou a comercialização de um novo algodão geneticamente modificado no país. A cultivar, desenvolvida pela empresa Gensus S.A., combina três eventos biotecnológicos (MON-ØØ531-6 x MON-Ø1445-2 x ACS-GHØØ1-3). O material apresenta tolerância a herbicidas à base de glifosato e glufosinato de amônio e proteção contra lepidópteros considerados pragas.

A decisão baseou-se em três pareceres técnicos independentes, conforme determina a resolução 763/2011. A Comissão Nacional Assessora de Biotecnologia Agropecuária (Conabia) concluiu que a liberação do novo algodão é tão segura quanto a de cultivares convencionais. Não foram identificados riscos adicionais ao agroecossistema.

A Direção de Políticas de Mercados da Secretaria de Agricultura analisou os impactos produtivos e comerciais. O órgão não apontou riscos para a produção interna ou para as exportações do complexo algodoeiro.

A autorização inclui a semente, produtos e subprodutos do algodão transgênico, bem como suas combinações intermediárias e cruzamentos com variedades não modificadas. A Gensus S.A. deverá comunicar imediatamente qualquer nova informação científica que possa alterar as conclusões que sustentaram o aval.

Antes de registrar a cultivar no Registro Nacional de Cultivares, a empresa precisará apresentar plano de manejo de resistência de insetos aprovado pela Conabia e pela Coordenação de Inovação e Biotecnologia. O produto também deverá atender às normas do ex-Instituto Nacional de Sementes (Inase) e do Senasa.

Veja o que está contido nos eventos transgênicos:

  • MON-ØØ531-6 - gene: cry1Ac (confere resistência aos insetos lepidópteros ao danificar seletivamente o revestimento do intestino médio); gene: nptII (permite que plantas transformadas metabolizem antibióticos neomicina e canamicina durante a seleção); gene: aad (permite a seleção de resistência a antibióticos aminoglicosídeos, como espectinomicina e estreptomicina).
  • MON-Ø1445-2 - gene: cp4 epsps - aroA:CP4 - (diminui a afinidade de ligação ao glifosato, conferindo assim maior tolerância ao herbicida glifosato); gene: nptII (permite que plantas transformadas metabolizem antibióticos neomicina e canamicina durante a seleção); gene: aad (permite a seleção de resistência a antibióticos aminoglicosídeos, como espectinomicina e estreptomicina).
  • ACS-GHØØ1-3 - gene: bar (elimina a atividade herbicida dos herbicidas glufosinato - fosfinotricina - por acetilação)

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025