12° Congresso Brasileiro do Algodão é realizado em clima de safra recorde
O congresso é realizado a cada dois pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com apoio da Embrapa e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA)
Como parte da estratégia para integrar os chamados baculovírus ou defensivos agrícolas biológicos ao manejo de lagartas do produtor rural, a australo-americana AgBiTech acaba de firmar uma parceria de negócios com a distribuidora Via Fértil. Sediada na cidade de Tangará da Serra e com mais cinco unidades no Estado de Mato Grosso - Brasnorte, Campos de Julio, Campo Novo do Parecis, Diamantino e Sapezal -, a Via Fértil está há 15 anos no agronegócio e faz sua estreia no mercado de produtos biológicos.
Após dois anos de atividades no Brasil, precedidos por um período dedicado a avaliações sobre o desempenho de baculovírus no controle de lagartas da soja e do algodão, a AgBiTech informa que na safra 2019-20 mira atingir 2 milhões de hectares tratados com seus produtos. Conforme a AgBiTech, no ciclo 2018-19, o primeiro de sua operação comercial no País, baculovírus da marca, como Cartugen e Chrysogen, trataram uma área equivalente a 500 mil hectares.
Fundada pelos empresários Luiz Rogério Botaro e Paulo Cesar Favaro Mota, a Via Fértil se define como uma empresa focada na inovação e na expansão. O sócio Botaro entende haver uma forte tendência de crescimento na adoção de baculovírus pelo agricultor, na medida em que os ataques do complexo de lagartas aumentam ano após ano, sobretudo os da Spodoptera frugiperda, considerada por especialistas como sendo de difícil controle.
O recém-publicado levantamento BIP – Business Inteligence Panel -, da consultoria Spark Inteligência Estratégica, confirma a expectativa do empresário. O estudo apontou que somente na sojicultura os produtos biológicos movimentaram US$ 100 milhões na safra 2018-19, com alta de 45%. Já a área tratada com insumos do gênero na soja subiu para 7,8 milhões de hectares, uma elevação de 152% ante o ciclo anterior, segundo a Spark.
“Enxergamos os baculovírus como uma excelente ferramenta para aumentar a longevidade de moléculas químicas e a durabilidade de tecnologias importantes. Os biológicos se encaixam perfeitamente ao manejo de resistência de lagartas a inseticidas tradicionais. Baculovírus também levam inovação às lavouras, pois possibilitam o uso mais racional de químicos e tornam a agricultura mais sustentável”, resume Botaro.
O diretor comercial da AgBiTech Brasil, engenheiro agrônomo Marcelo Giuliano, destaca que o acordo comercial celebrado com a Via Fértil permitirá às duas empresas expandir a adesão aos biológicos por parte de produtores de regiões estratégicas do Mato Grosso. “Na região coberta pela Via Fértil há forte incidência de lagartas, principalmente da Spodoptera frugiperda, e nas últimas safras o produtor tem encontrado dificuldades para controlar essas pragas com eficácia”, reforça Giuliano.
Giuliano afirma ainda que a AgBiTech investe continuamente na ampliação de sua equipe técnica a campo, como o fez há pouco nas regiões abrangidas pelas seis unidades da Via Fértil. “A proposta é prover ao distribuidor parceiro uma estrutura altamente qualificada para acompanhamento de lavouras tratadas com baculovírus da AgBiTech. A abrangência comercial da Via Fértil e sua excelência nos negócios complementará esses esforços”, conclui o diretor.
A AgBiTech nasceu na Austrália, no ano 2000. A companhia atuou exclusivamente naquele país até atrair investimentos do fundo americano de Private Equity Paine Schwartz Partners (PAS), em 2015, quando transferiu sua sede para os Estados Unidos e lá ergueu a principal unidade produtiva de baculovírus do mundo. O PAS conta hoje com quase US$ 2 bilhões aplicados em 42 empreendimentos, a maior parte destes ligada ao agronegócio global.
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