Após
assumir a liderança do mercado de bioinseticidas para o controle de
lagartas da soja, do milho e algodão na safra 2020-21, a companhia de
origem australo-americana AgBiTech Brasil deverá atingir o resultado
acumulado de seis milhões de hectares tratados com seu portfólio de
baculovírus. Segundo projeta a empresa, em torno de três milhões de
hectares tratados, ou quase a metade do total, serão resultantes de
aplicações do ciclo 2021-22, em andamento.
A AgBiTech atua
comercialmente no Brasil há apenas quatro safras. “Daí a relevância dos
indicadores de área tratada obtidos”, avalia o diretor de Negócios, Murilo Moreira, ao ressaltar que a soja responde atualmente por 40% dos negócios da companhia, seguida do algodão (30%) e do
milho (30%).
Moreira
acrescenta que até cinco anos atrás, o manejo biológico de lagartas nos
principais cultivos do País era quase totalmente ancorado nas
tecnologias ‘Bt’. “Levantamentos internos apuraram que esse cenário
mudou bastante. Atualmente 70% das estratégias de manejo de
lagartas com produtos biológicos, nos cultivos mais importantes,
empregam baculovírus. Além da eficácia de controle e da compatibilidade
com outros defensivos, os baculovírus levam sustentabilidade às
lavouras.”
Para
Moreira, a confiança do produtor na eficácia de baculovírus também é
crescente, impulsionada por recomendações técnicas emitidas por
especialistas e consultorias de Pesquisa & Desenvolvimento. As
regiões nas quais a companhia registrará os maiores indicadores de
crescimento na safra 2021-22, segundo Moreira, são as de Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e no ‘Mapito’, “áreas onde a pressão de lagartas foi
mais intensa e abrangente”.
Investimentos e nova lagarta
CEO
global da AgBiTech, o executivo brasileiro Adriano Vilas Boas atribui o
rápido avanço local a investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento,
estratégia central da companhia desde sua chegada, em 2014, época em que
os baculovírus da companhia ainda não eram comercializados em escala,
mas experimentalmente. Segundo Vilas Boas, nos últimos anos a ampliação
do canal de distribuição, e a presença cada vez mais robusta dos
baculovírus da empresa nos campos dos principais grandes grupos
agrícolas, também contribuíram para o crescimento da AgBiTech em área
tratada.
“Hoje
os principais grandes grupos produtores de soja, milho e algodão
inseriram baculovírus da AgBiTech em suas estratégias de manejo. Isso
influenciou positivamente a adesão de outros agricultores. A
confiabilidade nos baculovírus frente a lagartas de difícil controle
aumentou bastante no País.”
Conforme
Vilas Boas, o atual portfólio da AgBiTech Brasil é o mais amplo do
mercado, contando com produtos para as principais lagartas. A companhia
detém ainda um pipeline estratégico para o País. A próxima inovação será o lançamento de produto posicionado para controle da “nova lagarta” Rachiplusia nu. “A
ação dessa praga era pouco representativa. Hoje, sobretudo na soja, ela
ganhou mais relevância econômica pelo potencial de danos às lavouras. O
produto chega ao mercado na safra 2022-23”, finaliza Vilas Boas.