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O Programa “Adjuvantes da Pulverização” já conta com oito consultas formais de fabricantes para submeter adjuvantes agrícolas a análises e certificações sobre a funcionalidade desses produtos. Anunciada há duas semanas, a iniciativa será posta em prática nos laboratórios do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC). O órgão, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP, fica na cidade de Jundiaí e conduz o ‘Adjuvantes da Pulverização’ em parceria com o setor privado.
Coordenador do programa, o pesquisador científico Hamilton Ramos assinala que as análises de funcionalidade aplicadas aos insumos atenderão a uma exigência do agronegócio, em busca da comprovação da eficácia agronômica de marcas de adjuvantes agrícolas comercializadas no País.
De acordo com Ramos, adjuvantes constituem produtos adicionados à calda de defensivos agrícolas. Tecnicamente, explica ele, os insumos auxiliam na eficácia da pulverização e do controle fitossanitário, por apresentar efeitos do tipo espalhante, umectante ou penetrante, entre outros. “Associar um adjuvante de funcionalidade duvidosa a um defensivo agrícola de boa qualidade pode pôr a perder o investimento no controle de pragas, doenças e plantas daninhas.”
Ramos revela que o programa Adjuvantes da Pulverização firmou, recentemente, convênio com uma das maiores cooperativas agrícolas do Brasil. Conforme o acordo essa empresa, cujo nome será mantido em sigilo até o anúncio oficial da parceria, comprará adjuvantes somente de fornecedores chancelados com laudos do programa do CEA-IAC.
Ainda segundo Ramos, adjuvantes agrícolas fabricados no Brasil não contam com registro no Ministério da Agricultura. Os produtos, diz ele, não são submetidos a exigências regulatórias rígidas como ocorre com os defensivos agrícolas. “Daí, sobretudo, a relevância de o mercado perseguir mecanismos para comprovar a funcionalidade das marcas hoje utilizadas no campo.”
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