Diretoria da Famasul se reelege com 90% dos votos
Nesta segunda-feira (15/06) começa o Vazio Sanitário em Mato Grosso, que segue até o dia 15 de setembro. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) alerta que no período é proibido o plantio de soja no estado.
As plantas vivas de soja nas lavouras, também chamadas de soja guaxa ou tiguera, devem ser eliminadas. O Vazio Sanitário é uma determinação estadual instituída pela Instrução Normativa 001/2008 do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea/MT) e Mato Grosso foi o primeiro estado a instituí-lo.
"Estamos na entressafra e ao plantar soja ou deixar a planta viva, a possibilidade de proliferação da ferrugem asiática na safra seguinte é maior porque o fungo (Phakopsora pachyrhizi), que causa a doença, terá ambiente propício para se manter vivo em função do clima e umidade do ar, ocasionando o efeito chamado de ponte verde", explica o gerente técnico da associação, Luiz Nery Ribas.
As formas mais comuns de eliminação da soja guaxa, de acordo com o gerente técnico, são a dragagem mecânica, a dessecação química, por meio de herbicidas, e o manejo do solo, por meio de cobertura com outras culturas como milheto, girassol, milho e crotalária (espécie de leguminosa).
"Com a prática do Vazio Sanitário nos últimos três anos houve diminuição dos custos, principalmente a redução de aplicação de fungicidas", argumenta Luiz Nery Ribas. O gerente informa que na safra 2008/2009 o uso de fungicida caiu em média de uma a duas aplicações, totalizando entre 3 e 4.
"Considerando um gasto médio de R$ 70 por aplicação/ha, houve uma economia de cerca de R$ 400 milhões na safra 2008/2009, na compra do produto", informa Nery. O resultado positivo é atribuído não apenas ao Vazio Sanitário, mas ao monitoramento da doença feita ao longo da safra com as análises das amostras de folha de soja nos laboratórios instalados no interior por meio do Projeto Antiferrugem realizado pela Aprosoja/MT e parceiros.
Os sojicultores que não cumprirem a Instrução Normativa estarão sujeitos a notificações e multas. O órgão responsável pela fiscalização nas fazendas de soja é o Indea-MT.
A Aprosoja/MT, em parceria com a Comissão de Defesa Sanitária Vegetal de Mato Grosso (CDSV/MT) e o Indea, está realizando campanha de conscientização junto aos produtores mato-grossenses.
Projeto Antiferrugem
O número de amostras de folhas de soja analisadas na segunda edição do Projeto Antiferrugem desenvolvido pela Aprosoja/MT foi 69% maior na safra 2008/2009 que as da safra 2007/2008, saindo de 1.881 para 3.183. Os dados constam do relatório do projeto divulgado pela associação nesta semana.
Já o número de focos confirmados de ferrugem asiática nesta safra foi de 329 ante os 302 casos confirmados da doença no ano passado. É importante ressaltar que o aumento de 8,9% nos registros da doença entre um ano e outro foi extremamente pequeno, se considerado proporcionalmente às amostras analisadas e ao número de municípios, que saiu de 33 na safra 2007/2008 para 53 na 2008/2009.
"O vazio sanitário aliado a ações continuadas como o Projeto Antiferrugem e o monitoramento da safra evitam consideravelmente que a ferrugem asiática cause danos às lavouras de soja de Mato Grosso e, consequentemente, prejuízos aos produtores", justifica o presidente da Aprosoja/MT, Glauber Silveira.
Sandra Pinheiro Amorim e Andréia Coutinho
Aprosoja - Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso
/ (65) 3644-4215
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura