Preços da soja e do milho sobem em setembro, aponta Rabobank
Soja registra leve alta e milho dispara 4%, segundo análise do banco
A previsão da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) é de crescimento para 2026. De acordo com o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), Pedro Estevão Bastos de Oliveira, o setor deve aumentar as vendas em 3,4%, ainda impactadas pelos juros elevados e por instabilidades externas. Os dados foram divulgados na 25ª edição do Seminário de Planejamento Estratégico Empresarial na última semana.
Para Oliveira, trata-se de um crescimento modesto, “reflexo do que os fabricantes estão observando no mercado, especialmente com o tarifaço e os juros altos”, afirmou.
Durante o encontro, o papel do planejamento e da diversificação de fontes de crédito foram destacadas como fundamentais para garantir a competitividade e a sustentabilidade às indústrias de máquinas agrícolas no próximo ano.
Também foram apresentados os dados atualizados do desempenho da indústria. O faturamento em 2024 atingiu R$ 62 bilhões, com previsão de crescimento de 10% em 2025, chegando a R$ 68 bilhões. Oliveira alertou, porém, para a baixa reposição de máquinas nos últimos dois anos, o que pode gerar uma forte demanda futura.
Na área de crédito, os resultados apontam que metade das vendas de máquinas na safra 2024/25 contou com financiamento, mas apenas 36% tiveram juros equalizados, índice bem inferior aos 60% registrados em anos anteriores. Instrumentos como CPR, CRA, LCA e Fiagro cresceram 315% entre 2022 e 2024, tornando-se alternativas viáveis para reduzir a dependência de crédito subsidiado.
Os impactos da instabilidade nos Estados Unidos, a relação comercial com a China e os riscos climáticos do fenômeno La Niña foram analisados pelo economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato. Segundo ele, o agronegócio deve continuar sendo motor de renda no Brasil em 2026, com geração estimada em R$ 1,6 trilhão.
Outros aspectos também devem moldar o futuro do setor, como a expansão dos biocombustíveis, a recuperação de pastagens degradadas, gargalos logísticos que ainda limitam a competitividade brasileira e a dependência de fertilizantes importados, que atinge 90% do consumo nacional.
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