Nova manifestação da AGU pode atrasar a Ferrogrão
Em ADI proposta pelo PSOL, AGU apresentou nova petição cujos termos, se acatados pelo STF, implicará em julgamento de procedência da ação
A Refinaria de Petróleo Riograndense (RPR), localizada na cidade de Rio Grande, está prestes a dar um importante passo rumo à sustentabilidade energética. Nela serão realizados testes industriais para a produção de produtos petroquímicos e combustíveis totalmente renováveis. O processo pode vir a ser uma nova fronteira para o biorrefino no país.
O acordo de cooperação para essa iniciativa foi celebrado nesta segunda-feira (29/05), em Rio Grande, com a presença de executivos da própria RPR e das empresas que têm participação acionária na refinaria, como Petrobras, Braskem e Ultra. O objetivo é impulsionar a transição energética e desenvolver tecnologias que permitam a produção de produtos com conteúdo renovável, mais sustentáveis e eficientes para a sociedade.
O primeiro teste industrial está programado para o próximo mês de novembro, devendo ter duração de até cinco dias. O segundo teste está agendado para junho de 2024. Caso os resultados sejam positivos, a Petrobras poderá licenciar a tecnologia.
Os testes serão conduzidos utilizando tecnologia desenvolvida pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras. No primeiro teste, a unidade de FCC (craqueamento catalítico fluido) da RPR será preparada com inovações de processo e sistema catalítico, gerando insumos integralmente renováveis. Já o segundo teste será realizado por meio do coprocessamento de carga fóssil com bio-óleo, gerando propeno, gasolina e diesel com conteúdo renovável a partir de matéria-prima avançada de biomassa não alimentar.
A expectativa das empresas é que a Refinaria de Petróleo Riograndense se torne uma referência nacional na produção de produtos renováveis, impulsionando a indústria do biorrefino no país.
A Petrobras investirá cerca de R$ 45 milhões na RPR. Segundo Jean Paul Prates, presidente da estatal, os testes na RPR representam o compromisso da companhia com a transição energética no Brasil. "A Petrobras é pioneira no desenvolvimento de tecnologia capaz de impulsionar oportunidades para o biorrefino no Brasil. Em parceria com os nossos sócios na Refinaria de Petróleo Riograndense, estamos avançando e perseguindo a descarbonização dos nossos processos, gerando produtos com conteúdo renovável, mais sustentáveis e eficientes para a sociedade", afirmou.
Há mais de 85 anos, surgia a Refinaria de Petróleo Ipiranga, inaugurada em 7 de setembro de 1937. Localizada na cidade do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, a Ipiranga desempenhou papel pioneiro ao iniciar o processo de refino de petróleo no Brasil, marcando a origem das Empresas de Petróleo Ipiranga.
A trajetória da Ipiranga remonta a 1933, na cidade de Uruguaiana, também no Rio Grande do Sul. Lá, os empresários brasileiros João Francisco Tellechea e Eustáquio Ormazabal uniram-se a parceiros argentinos para criar a Destilaria Rio-Grandense de Petróleo S/A. No entanto, uma medida imposta pelo governo argentino que proibiu a reexportação de petróleo frustrou os planos de fornecimento de matéria-prima da empresa.
Esse revés acabou por abrir novos horizontes. Empresários uruguaios, vendo uma oportunidade, orquestraram a instalação de uma refinaria de petróleo no sul do Brasil. Em uma parceria entre brasileiros, argentinos e uruguaios, foi escolhido um terreno estratégico entre o oceano e a Lagoa dos Patos para a implantação do empreendimento.
Para a escolha do local, consideraram-se critérios importantes, como a necessidade de uma área de 10 a 12 hectares, fácil acesso ao porto da cidade, conexão com a linha ferroviária, abastecimento de água potável e eletricidade e uma rota rodoviária para o centro da cidade.
A construção do local foi realizada com grande velocidade, em uma época sem a tecnologia dos guindastes e da solda elétrica atuais. Quatro anos depois da fundação da Destilaria em Uruguaiana, o sul do Brasil viu nascer a Ipiranga S/A - Companhia Brasileira de Petróleo. O controle acionário das Empresas Petróleo Ipiranga foi adquirido em março de 2007, pela Petrobras, Ultrapar e Braskem. Hoje a refinaria é conhecida como Refinaria de Petróleo Riograndense S/A.
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