Redução do Desmatamento foi tema em Fórum

03.12.2009 | 21:59 (UTC -3)

Aconteceu quarta-feira (02/12) em São Paulo o 17º Fórum da ABAG – Associação Brasileira de Agribusiness, sobre o tema “Copenhague e o Agronegócio Brasileiro” e contou com o apoio da Syngenta.

O Fórum reuniu cerca de 130 pessoas, entre lideranças do agronegócio, empresários e representantes do Governo e de instituições de ensino e pesquisa.

Para debater as ameaças e oportunidades para o Brasil na 15ª Conferência das Partes (COP-15) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, em Copenhague, foram convidados: Marcos Sawaya Jank, presidente da Unica - União das Indústrias de Cana-de-açúcar, Paulo Moutinho do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM, Carlos Clemente Cerri, professor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura – USP e Rodrigo Lima, do Icone – Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais.

Há uma semana da realização da COP-15, que terá a participação de 193 países, os palestrantes abordaram durante o Fórum da ABAG os principais assuntos de interesse para o Brasil, tais como, estabelecimento de metas e prazos para a redução das emissões de gases do efeito estufa; combustíveis de baixo carbono; metodologias para calcular a emissão e seqüestro de gases de efeito estufa; mecanismos de redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação das Florestas (Redd) e Mercado de Carbono.

A redução do desmatamento foi um dos pontos em comum nas apresentações. Para o Presidente da Unica, Marcos Jank se o Brasil reduzir o desmatamento, no restante o Brasil tem muitos exemplos positivos, como o uso de combustíveis de baixo carbono, moratória da Soja e Zoneamento Ecológico-Econômico.

O engenheiro agrônomo e pesquisador da relação entre agricultura, clima e meio ambiente, Carlos Cerri abordou o tema: emissões de gases do efeito estufa no Brasil e opções de mitigação pela agricultura, pecuária e silvicultura. “Temos uma possibilidade incrível pela frente. O Brasil pode sair muito mais rapidamente do que os outros países do ranking dos emissores. Se reduzirmos o desmatamento, aumentarmos a produção de biocombustíveis e substituirmos o plantio convencional pelo plantio direto podemos mitigar e deixar o Brasil em posição de destaque”.

Paulo Moutinho do IPAM falou sobre Mudanças Climáticas, Redd e Mercado de Carbono. “O custo estimado para que o desmatamento brasileiro tenha um fim esta entre 7 e 18 bilhões de dólares até 2020. Isso deve ser encarado como um investimento, pois as pesquisas apontam que a preservação da floresta Amazônica poderá render entre 70 e 110 bilhões de dólares nos próximos dez anos com negociações de crédito de carbono. Temos na Amazônia 47 bilhões de toneladas de carbono armazenadas e não estamos ganhando nada com isso, precisamos do reconhecimento internacional pelos esforços que estamos fazendo”, disse Moutinho.

“Apesar do cenário de incertezas que paira sobre a COP-15, acreditamos que ao menos um acordo seja alinhado entre os países para o futuro na questão da redução do efeito estufa e que o Brasil tem grandes possibilidades para assumir um papel de liderança nesse processo, com matriz energética limpa (mais de 40%), moratória da Soja desde 2006 e citada agora como uma referência exemplar de negociação pelas mais importantes ONG´s do mundo. O Brasil, só precisa se desvincular da imagem negativa quanto às emissões por desmatamento e tenho certeza que venceremos esse desafio também”, declarou Carlo Lovatelli, Presidente da Abag.

Gislaine Balbinot

Assessoria de Comunicação da ABAG

/ (11) 3285-3100

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