Programa de Fidelidade da Copercampos entrega R$ 12 milhões aos associados

A 20ª edição da iniciativa contou com número recorde de sócios, com 889 assinantes do termo de fidelização

01.08.2024 | 14:32 (UTC -3)
Felipe Götz

A sólida relação de confiança entre os agricultores e a Copercampos é consolidada pela participação no Programa de Fidelidade, instituído em 2005, que reconhece e premia o compromisso dos agricultores que adquirem todos os insumos e sementes na cooperativa durante o ano. Este programa, pioneiro entre as cooperativas do país, chega à sua 20ª edição e distribui valores proporcionais à movimentação financeira do ano anterior. No ano-base de 2023, 889 sócios – um aumento de 6% em relação a 2022 – assinaram o termo de fidelização. Juntos, esses associados receberão mais de R$ 12 milhões em dinheiro. Os valores serão entregues aos associados no dia 14 de agosto.

O Programa de Fidelidade da Copercampos tem sido um pilar essencial para estreitar a relação com os associados, baseada em confiança e responsabilidades mútuas. “Com este programa, construímos uma relação mais próxima com o associado, com confiança e responsabilidades. Nós temos o compromisso de disponibilizar insumos e sementes de alta qualidade, ampliar estruturas de acordo com as necessidades e investir em novos negócios, por exemplo, e o associado tem esse comprometimento em adquirir insumos, entregar e comercializar a produção em nossa cooperativa. Com isso, distribuímos valores financeiros para valorizar quem realmente é 100% fiel à Copercampos”, ressalta o Diretor Presidente Luiz Carlos Chiocca.

Além do retorno financeiro, os associados fiéis da Copercampos desfrutam de uma série de benefícios e serviços exclusivos. Entre eles, destacam-se as capacitações técnicas, a produção de sementes de alta qualidade e viagens. 

Detalhes sobre o Mercado de Grãos

O jantar de fidelidade contou com a presença de mais de 600 produtores associados, que acompanharam atentamente a palestra sobre “Fundamentos e expectativas do mercado de soja e milho - Uma análise da oferta e demanda global para o futuro”, com Leonardo Martini, consultor em Gerenciamento de Riscos pela StoneX Brasil.

Leonardo destacou que, assim como no ciclo de produção 2023/2024, as expectativas para este ano-safra mundial são de boa produção. “Esse novo ciclo que está começando com a safra americana está vindo muito bem e eles devem colher nos próximos meses. Estamos vendo que terão uma safra muito boa. Na América Latina, estamos olhando com muito cuidado essa transição do El Niño para uma La Niña, mas aparentemente uma La Niña fraca, que hoje mostra chuvas dentro da normalidade. Então, olhando para o nosso cenário 24/25, é de novo uma safra boa de soja, trazendo realmente uma pressão para o mercado. O produtor precisa ficar atento a isso. Claro que há muita coisa pela frente, mas é o que sempre dizemos: olhar as oportunidades de mercado, travar os custos e esperar uma nova oportunidade para vender a produção”, ressalta Martini.

Com o cenário de boa produção deste ano, deve-se fortalecer a manutenção dos estoques altos e preços do produto nestes patamares. “Sabemos que, nesse cenário, os preços perdem força para subir e fazer um movimento de reversão considerável. A comercialização está muito lenta no Brasil, tanto da soja quanto do milho. Nesse contexto, as empresas precisam subir um pouco os preços para tentar forçar o produtor a vender. Não estão tendo muito sucesso; o produtor veio vendendo um pouco mais soja do que milho. Temos visto o produtor, no geral, segurando mais o milho, esperando uma oportunidade, e isso tem mantido os preços sem cair tanto mais do que já vimos.”

A exportação de soja é muito boa no Brasil, reforça Leonardo Martini. “Estamos realmente surpreendendo pelos níveis de preço; o Brasil segue muito competitivo na exportação. Acho que a soja terá um programa cheio, muito próximo ou até um pouco maior de 100 milhões de toneladas. Já o milho começou engatinhando. Ano passado tivemos uma venda mais forte, mas neste ano temos Estados Unidos, Ucrânia e Argentina com muito milho, o que acaba prejudicando nossa exportação. Com este câmbio mais forte, acreditamos em uma aceleração de venda durante o mês de agosto. A exportação de milho é crucial para vermos os preços subindo no ano, porque, sem a exportação, teremos mais produto no mercado interno e os preços não terão espaço para grandes altas”, finaliza.

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