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O Sistema Ocepar lançou hoje o novo ciclo do planejamento estratégico das cooperativas paranaenses, o Plano Paraná Cooperativo (PRC), com projeção de faturamento total do setor de R$ 300 bilhões ao ano até 2026. Para 2030, a previsão é chegar ao faturamento de R$ 500 bilhões anuais. O PRC300 vem em sucessão ao PRC200, cujo ciclo se encerrou no final de 2023, com o setor cooperativista do estado superando a meta estabelecida de faturar R$ 200 bilhões ao ano. No ano passado, as 225 cooperativas do estado dos sete ramos (agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, trabalho, produção de bens e serviços, e transporte) faturaram, juntas, mais de R$ 200 bilhões. O lançamento do PRC300 aconteceu no encerramento do Fórum dos Presidentes de Cooperativas do Paraná, com a presença do governador Carlos Massa Ratinho Junior, na sede da Ocepar, em Curitiba.
“Não é um plano da Ocepar. É um plano das cooperativas paranaenses”, disse o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. Ele explicou que a estruturação do PRC300 e do PRC500, assim como aconteceu nos ciclos anteriores, teve a participação de todas as cooperativas, com realização de reuniões nos núcleos regionais. “Mais de 500 pessoas participaram diretamente da definição dos desafios e pilares do plano. Além dos presidentes de cooperativas, ouvimos presidentes de empresas e lideranças para fazer um plano consistente. É um trabalho que começou no Fórum dos Presidentes de Cooperativas, realizado em julho de 2023. Em março deste ano, foi discutido nas pré-assembleias da Ocepar e, aprovado, na assembleia geral, em abril”, informou Ricken.
“É uma alegria participar desse evento de comemoração dos R$ 200 bilhões de faturamento e estou muito feliz de ver essa nova meta de R$ 300 bilhões para 2026. Se continuarem no mesmo volume e velocidade de crescimento, esse resultado pode vir antes”, declarou o governador Ratinho Junior. Ele acrescentou que “o governo estadual está determinado a consolidar o Paraná como supermercado do mundo e, para isso, a participação das cooperativas é fundamental”. Segundo ele, “as cooperativas paranaenses dão exemplo para o Brasil, cabe a nós contribuir com um bom ambiente. Para isso, estamos buscando parcerias para melhorar a conectividade no campo, investindo em energia e em infraestrutura”, informou.
O governador agradeceu às cooperativas por estarem ajudando o Paraná a se desenvolver e preparando as cidades do interior para que a mão de obra possa estar lá. “Vamos provocar um êxodo urbano nos grandes centros, fazendo com que as pessoas queiram voltar a morar no campo e nas cidades de pequeno porte”, declarou Ratinho Junior.
Assim como os ciclos anteriores, O PRC300 é pautado nos cinco alicerces do cooperativismo – econômico, educação, cooperação, inovação e socioambiental. E tem como pilares a representação institucional, o fortalecimento dos negócios, as alianças estratégicas, a sucessão e governança e a profissionalização. São 12 temas estratégicos e 28 projetos. Os cinco alicerces e os 12 temas estratégicos foram definidos com a participação dos dirigentes das cooperativas e a definição dos 28 projetos foi feita em conjunto pelos executivos das cooperativas.
O presidente da Ocepar informou que no novo ciclo será dada continuidade ao programa de Educação Política, que foi lançado no ciclo anterior. Sem vinculação partidária, a iniciativa busca a conscientização da comunidade cooperativista sobre a importância da política e do voto consciente em candidatos que sejam sensíveis às causas do cooperativismo. “Vamos avançar neste trabalho e criar um núcleo de inteligência política”, anunciou.
Um dos projetos do PRC300 é relacionado à busca da certificação, especialmente da produção agropecuária e das propriedades rurais. “Se no PRC200 a educação política foi o ponto alto, no PRC300 a certificação será a ‘cereja do bolo’”, declarou Ricken ao falar ao governador Ratinho Junior no lançamento do plano. “Para isso, temos que fazer parcerias, vamos fazer em conjunto”, pontuou, acrescentando que já há um entendimento com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) para ser parceiro no processo de certificação. “Vamos também precisar dos órgãos do governo”, frisou.
Segundo Ricken, o objetivo é construir um protocolo de certificação, incentivar boas práticas em toda a cadeia produtiva e reconhecer e valorizar as iniciativas já implementadas pelos produtores em suas propriedades. “Muitas coisas já são feitas, falta a gente mostrar”, pontuou. Outros projetos do PRC300 estão relacionados a novas formas de financiamento, expansão das agroindústrias, programas de formação de executivos de cooperativas, autogestão cooperativa, alianças em pesquisa, sanidade agropecuária, modernização da infraestrutura, entre outros.
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