Produtores rurais de Goianésia/GO ouvem análise de mercado para a soja e o milho

31.01.2013 | 21:59 (UTC -3)
Cleiber Di Ribeiro

Produtores e empresários rurais ouviram atentamente a análise de mercado para a soja e para o milho do palestrante Glauco Monte durante a sétima rodada dos Seminários Regionais de Comercialização e Mercado Agrícola 2013. O evento foi realizado na noite desta quarta-feira (30), na sede do Sindicato Rural de Goianésia, no Parque Agropecuário. O evento foi promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), com parceria do Sindicato Rural de Goianésia e do Instituto Inovar, com o objetivo de levar informações de qualidade sobre a comercialização e o mercado de commodities agrícolas.

O superintendente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Claudinei Rigonatto, fez a abertura oficial do evento e comentou como é importante o produtor ter informações precisas no momento em que se colhe a safra. “O ano passado houve queda de safra nos EUA que possibilitou alta nos preços dos grãos e esse ano. E neste início de ano já houve problemas de estiagem em algumas regiões de Goiás com alguns produtores precisando até mesmo replantar suas lavouras. Isto aumenta o custo de produção da safra”, ressaltou.

Ele reforçou que a Faeg e os Sindicatos Rurais têm trabalhado com políticas voltadas aos grandes, médios e pequenos produtores rurais em busca de melhores condições de vida das famílias rurais, além de estimular a produção agropecuária do estado e do país para a crescente demanda internacional. “Mais de 56% dos produtores rurais são da classe D/E e possuem renda negativa, e 63% produzem apenas 5% do Produtor Interno Bruto (PIB). Por isso precisamos trabalhar o aspecto social e fazer com que essas pessoas entrem no processo produtivo, adquiram renda, passem a consumir mais e melhorar suas rendas”, explicou.

Claudinei Rigonatto ainda falou que a Federação tem buscado uma política estruturante para o setor rural e lembrou a parceria das prefeituras com o Sistema Faeg/Senar para criar políticas públicas que atendam as famílias rurais. Ele comentou que Goianésia foi mais um município goiano que aderiu ao Prefeito Aliado do Progresso. O programa lançado no último dia 17, na sede do sistema, em Goiânia, foi criado pela Faeg para prestar consultoria às prefeituras que forem parceiras do programa. “Com esse novo programa, vamos ajudar os prefeitos a montar um plano de ação e colocar em prática as reivindicações da população de cada município goiano onde a Faeg realizou o seminário O Que Esperamos do Próximo Prefeito e ouviu o anseio das comunidades locais”, comentou.

O presidente do Sindicato Rural de Goianésia, Wilson Portilho da Cunha, falou da satisfação de lotar o auditório do sindicato com produtores rurais interessados nas informações de mercado agrícola. João Pedro Braolhos, secretário de Desenvolvimento Econômico e Social de Goianésia, representou o prefeito Jalles Fontoura, e comentou a parceria do município com as entidades para a melhoria da população municipal e em destaque da participação de Goianésia no programa Prefeito Aliado do Progresso. “As parceria são importantes para o desenvolvimento do município”, disse.

O consultor sênior em gerenciamento de riscos, Glauco Monte, foi o palestrante do seminário. Ele comentou que 2012 foi o ano de ouro para os produtores de grãos e que houve falta de soja no Brasil entre outubro e dezembro de 2012 para exportação. “Isso ajudou na elevação dos preços, mas devemos ter atenção porque este ano teremos mais soja que o ano passado, neste mesmo período. Não teremos mais a escassez do produtor para ajudar a elevar os preços”, explicou.

Glauco também ressaltou que em 2013 os produtores pagarão mais caro pela logística e armazenagem dos grãos. Falou também que dos três formadores de preço para a soja e milho, câmbio, mercado interno e internacional, o interno não será tão positivo ao produtor em comparação ao ano passado. Quanto à produção norte-americana, ele ilustrou com gráficos que hoje os EUA já venderam 28% a mais de soja que o ano passado e já embarcaram 38% a mais que em 2012, motivo esse, que poderia aumentar as exportações da oleaginosa brasileira e possivelmente melhorar o patamar de preços.

Para o palestrante os fatores climáticos nos EUA e na China devem ser acompanhados com atenção pelos produtores rurais brasileiros porque são motivos de elevação ou baixas nos preços das commodities. Segundo ele, o fato de outra seca no país norte-americano pode fazer com que os preços dos grãos possam vir a ser melhores que os de hoje, que já estão bons.

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