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Diante da ameaça do bicudo-do-algodoeiro, que nesta safra apareceu no início do ciclo do algodão em Mato Grosso, a Associação Mato-grossense dos Produtores de algodão (Ampa) e o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) alertam os produtores sobre as medidas de controle do inseto no campo.
As fêmeas do inseto colocam seus ovos no interior dos botões florais e das maçãs, sendo que as larvas ficam escondidas, o que dificulta o controle do bicudo, que é considerado uma "praga silenciosa".
Eduardo Barros, entomologista do IMAmt, lembra que, mesmo em locais com menor pressão inicial do bicudo, a atenção dos produtores e seus colaboradores deve ser mantida, devido ao difícil controle da praga e rápida explosão populacional. A presença da população residual de bicudos presente na entressafra pode fazer com que as primeiras lavouras sejam atacadas com maior agressividade pela praga. Segundo ele, isso poderá colocar em risco toda a atividade de produção de algodão em pluma em Mato Grosso.
Para evitar que isso aconteça, a equipe do IMAmt recomenda aos produtores e técnicos a realização das seguintes ações:
- antecipar o início da aplicação de bordadura, antecipar a aplicação em bateria em B1 (Primeiro Botão Floral);
- antecipar o monitoramento mais rígido das lavouras, treinar monitores novos com foco no bicudo;
- eliminar fontes da praga em pátios de algodoeiras, beira de fardões, beira de carreadores, estradas, etc;
- fazer a revisão de pulverizadores e aplicação direcionada;
- dar atenção a produtos, horários de aplicação, volume, gota, etc;
- fazer ajuste fino e deixar toda equipe da fazenda em atenção ao controle da praga.
De acordo com o pesquisador Walter Jorge dos Santos, o gargalo do algodão é a destruição mal feita dos restos culturais – uma etapa que deve ser realizada no período de vazio sanitário, encerrado em 1º de dezembro. “Se o dever de casa não foi realizado a contento, temos agora que arregaçar as mangas e fazer um controle mais efetivo do bicudo neste início de safra para evitar a explosão da população do inseto mais adiante", conclui o presidente da Ampa e do IMAmt, Gustavo Piccoli.
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