União eleva dívida pública em junho
Com baixo volume de resgates e dólar em queda, estoque da dívida externa recua e prazo médio encurta
As chuvas registradas entre os dias 22 e 28 de julho contribuíram para o desenvolvimento das culturas de inverno no Paraná e, ao mesmo tempo, interromperam momentaneamente a colheita de grãos em algumas regiões. Segundo o boletim semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), os volumes de chuva beneficiaram culturas como trigo, aveia e cevada, além de melhorar o estado das pastagens e favorecer o início da safra de tabaco.
A colheita do milho segunda safra já alcança 64% da área total, com algumas regiões ultrapassando os 70%. O tempo seco na maior parte de julho favoreceu a boa qualidade dos grãos, com produtividades acima do esperado mesmo em áreas afetadas por geadas. As chuvas recentes causaram paralisações pontuais, mas também ajudaram a preservar lavouras ainda em campo. Houve relatos de acamamento causado por ventos fortes em algumas áreas.
Já as lavouras de trigo e cevada, ambas com plantio finalizado, se beneficiaram das chuvas após um período de estiagem. No trigo, que tem 40% das áreas em fase vegetativa, a umidade favoreceu o retorno dos tratos culturais, com retomada das aplicações de fungicidas e inseticidas. No entanto, lavouras fora do zoneamento ou atingidas por geadas mantêm expectativa de produtividade menor.
A cevada, com 74% das lavouras em desenvolvimento vegetativo, apresenta bom desempenho. As chuvas, embora necessárias, também favoreceram o avanço de doenças fúngicas, como mancha em rede e mancha marrom, exigindo controle fitossanitário mais intenso. Também foi observada a presença de pulgões em algumas áreas.
As lavouras de aveia, em frutificação, também reagiram positivamente à umidade, recuperando-se de forma satisfatória dos efeitos das geadas anteriores.
A colheita do café atinge 80% no estado e avança rapidamente, apesar de paralisações causadas pelas chuvas no fim da semana. As precipitações também dificultaram a secagem dos grãos, mas a produtividade e a qualidade seguem satisfatórias. A escassez de mão de obra continua sendo um desafio em algumas regiões. As chuvas são vistas como positivas para a florada que se aproxima.
Na cana-de-açúcar, a colheita avança normalmente. O tempo firme favoreceu os trabalhos no campo, enquanto as chuvas recentes beneficiaram o desenvolvimento das áreas ainda não colhidas. A produtividade está dentro ou levemente acima do esperado, e não houve registro de perdas por geadas.
A comercialização do feijão permanece lenta, com preços em queda e demanda fraca. O cenário desestimula os produtores, que já cogitam reduzir a área plantada na próxima safra, priorizando o milho como alternativa mais rentável, dependendo do zoneamento agrícola. O desânimo reflete os resultados frustrantes desta temporada.
As chuvas também beneficiaram culturas perenes e pastagens. A colheita de frutas como banana, goiaba, limão, uva e morango segue intensa e com boa qualidade. A variedade Pera Rio da laranja também é colhida em ritmo acelerado, com bom escoamento regional.
Nas áreas com alfafa, as precipitações favoreceram o desenvolvimento da cultura e também ajudaram nos processos de corte e secagem. Já as pastagens apresentam recuperação após os danos causados pelas geadas, com melhora na oferta de massa verde e redução na necessidade de suplementação alimentar.
A cultura da cebola segue em fase de transplantio, com apoio de irrigação em algumas áreas. A chuva recente ajuda no estabelecimento das plantas. Na mandioca, a colheita continua em ritmo estável; o plantio da nova safra depende de chuvas em regiões mais secas. A soja segue com comercialização lenta e produtores aguardam melhores preços. O planejamento da próxima safra já está em andamento.
Para o tabaco, foi dado o início da semeadura e preparo das mudas; onde já foi colhido, segue o processo de cura. Já a colheita da batata de segunda safra atinge 90%, mas as atividades foram parcialmente interrompidas pelas chuvas do fim de semana. A elevada oferta no mercado pressiona os preços pagos ao produtor, que estão menos da metade dos registrados no início da safra, agravando a dificuldade econômica dos agricultores.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura