União eleva dívida pública em junho

Com baixo volume de resgates e dólar em queda, estoque da dívida externa recua e prazo médio encurta

28.07.2025 | 18:05 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações da Agência Brasil

A União, por meio do Tesouro Nacional, emitiu R$ 161,31 bilhões em títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) em junho. Como os vencimentos somaram apenas R$ 6,69 bilhões no mês, o resultado foi uma emissão líquida elevada.

Esse movimento ampliou a dívida pública para R$ 1,03 trilhão, maior patamar desde julho de 2024. A reserva cobre hoje 8,44 meses de vencimentos. Até junho de 2026, está previsto o vencimento de R$ 1,236 trilhão em títulos.

A Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 2,28% no mês passado, passando de R$ 309,17 bilhões para R$ 302,12 bilhões. A valorização do real diante do dólar, que recuou 4,41% em junho, foi o principal fator.

A composição da dívida apresentou poucas mudanças. A fatia de títulos indexados à inflação caiu de 26,64% para 26,45%. Os prefixados avançaram de 21,1% para 21,57%. Os papéis corrigidos pela Selic oscilaram levemente, de 48,25% para 48,16%.

A participação da dívida atrelada ao câmbio passou de 4,02% para 3,82%, dentro do intervalo previsto pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), de 3% a 7% até o fim de 2025.

O prazo médio da dívida caiu de 4,20 para 4,14 anos, o que indica menor disposição dos investidores a emprestar por longos períodos.

Instituições financeiras lideram entre os detentores da dívida interna, com 31,3% do total. Fundos de pensão aparecem com 23,1% e fundos de investimento, com 22,1%. Estrangeiros detêm 9,8% dos papéis, ligeira queda frente aos 9,9% registrados em maio.

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