Pesquisadores do IEA avaliam o emprego formal do agropecuário em SP

08.10.2014 | 20:59 (UTC -3)

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou em agosto de 2014 o desempenho do emprego formal brasileiro de 2013. Os dados são provenientes da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), que organiza as declarações prestadas por todos os estabelecimentos com vínculos ativos e carteira assinada, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Em 2013, constatou-se que o Brasil teve um crescimento de 3,1% na geração de empregos em comparação ao ano anterior. Os setores de serviços e comércio foram os que tiveram maior crescimento, 3,8% e 3,1%, respectivamente, e juntos concentraram 72,7% do total de empregos com carteira assinada. Já a agropecuária teve o menor desempenho dentre todos os setores, com aumento de 0,9% no número de postos de trabalho formais.

O Estado de São Paulo tem importância significativa na geração de empregos com carteira assinada, afirmam Carlos Eduardo Fredo e Alceu de Arruda Veiga Filho, pesquisadores do IEA e Thiago Lisboa, assistente agropecuário da Codeagro (Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios), autores do artigo. São Paulo representa 28,7% do total de empregos formais e registrou crescimento de 1,7%. A geração de empregos foi impulsionada principalmente pelo setor de serviços, que teve um aumento de 130.476 vagas formais (+1,8%), e pelo de comércio, com 58.812 (+2,2%). “O setor agropecuário paulista foi o único que apresentou retração na geração de empregos, com perda de 15.620 postos de trabalho (-4,5%). Registre-se que foi o segundo ano consecutivo de queda no emprego formal neste setor”, esclarecem os autores.

Estudo do Instituto de Economia Agrícola, publicado em abril de 2014, avaliou o desempenho mensal, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o ano de 2013. Por meio desta base, é possível avaliar o número de admissões e desligamentos mensais em todos os setores econômicos, ou seja, a flutuação do emprego formal.

Nesse estudo, constatou-se a perda de postos de trabalhos formais no setor agropecuário para o ano de 2013, diminuindo em 15.200 empregos. Verificou-se, também, que a atividade econômica responsável para essa perda tinha sido o cultivo de laranja. O custo com mão de obra nas etapas de colheita e tratos culturais bem como a saída de muitos produtores do setor citrícola foram alguns fatores influentes na perda de emprego do setor agropecuário.

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