Aprosoja alerta para ferrugem asiática em safra de soja 2015/16
Técnicos de instituições do estado de São Paulo estarão na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), de 14 a 16 de setembro para participarem de curso sobre introdução a sistemas agroflorestais, organizado em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente de SP.
O termo sistema agroflorestal (SAF) corresponde a uma forma de uso da terra na qual espécies arbóreas e florestais são utilizadas em associação com cultivos agrícolas e/ou animais, na mesma área, simultaneamente ou em uma sequência temporal, buscando um aumento da agrobiodiversidade e interações positivas que possam gerar diversos benefícios: melhor ciclagem e balanceamento dos nutrientes no solo, conservação da umidade, proteção do solo, melhor taxa de infiltração, aumento da população de inimigos naturais, maior número de interações ecológicas benéficas entre plantas e animais, menor dependência de insumos e redução dos custos, além da produção mais diversificada e com maior qualidade.
Os organizadores são os pesquisadores da Embrapa João Canuto e Ricardo Camargo. Segundo eles, o curso irá apresentar e problematizar conceitos fundamentais de agrofloresta, discutir formas de manejo e suas alternativas em termos de mão de obra, custos, resposta econômica e serviços ambientais, mostrar a variedade de "modelos" de SAFs desenvolvidos pela Equipe de Agroecologia da Embrapa Meio Ambiente com a realização de prática de manejo de cunho pedagógico em alguns modelos instalados no Sítio Agroecológico, na própria Unidade.
No primeiro dia, serão abordados os temas crise socioecológica: encruzilhada civilizacional, agricultura como fonte de degradação global, impactos sociais e ecológicos, sistemas biodiversos, sistemas florestais com foco produtivo, seus requisitos ecológicos (multi estratificamento, processos sucessionais). Serão tratados os principais objetivos: econômicos, sociais e culturais, ecológicos (internos e externos), uma tipologia de sistemas agroflorestais (abertos, semi-abertos, fechados) o foco (diferentes “carros-chefe”) e a perspectiva de retorno econômico (curto, médio e longo prazo.)
No segundo dia serão apresentados temas como: diagnóstico: planejamento e desenho de SAFs, e diagnóstico do entorno e da parcela: planejamento: definição do carro-chefe, em função da projeção de renda, consumo familiar e tradição, definição das espécies nativas e do terreno, procedimento pré-instalação, harmonização de todas as variáveis; desenho em papel em escala e com projeção futura: implantação e seus métodos, etapas, tratos culturais (fertilização de arranque, formigas, controle de espontâneas, irrigação emergencial, roçadas, adubação verde, entre outros).
O curso terá práticas intercaladas às discussões, planejadas para realização no Sitio Agroecológico da Embrapa Meio Ambiente.
No último dia serão discutidos métodos de avaliação de sistemas biodiversos, indicadores socioecológicos.
Também será demonstrado o MESMIS – programa didático e amigável que permite ao usuário reforçar os conceitos e as bases metodológicas de avaliação da sustentabilidade, mostrando a dinâmica do conceito e a complexa interdependência entre suas dimensões social, econômica e ambiental.
Ao final, haverá uma abordagem geral sobre métodos de trabalho com agricultores e metodologias participativas em sistemas biodiversos. As inscrições estão encerradas.
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