Monitoramento do clima é reforçado com novas estações meteorológicas em Minas Gerais

11.09.2015 | 20:59 (UTC -3)
Thiago Fernandes

O monitoramento agrometeorológico é essencial para planejar as atividades no campo. E para melhorar este controle em Minas Gerais, 151 estações de coleta de dados estão sendo instaladas e irão reforçar as atividades da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). A ação é resultado de um acordo de cooperação técnica com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O investimento do órgão federal na aquisição e instalação dos equipamentos é de aproximadamente R$ 2,2 milhões.

O acordo de cooperação técnica possui duas etapas. A primeira integra o projeto Previsão de Risco de Colapso de Safra no Semiárido Brasileiro, do Cemaden. Já foram instaladas 39 equipamentos de coleta de dados ambientais na região do Semiárido mineiro. São 33 estações PCDAqua, que fazem as medições da precipitação e da umidade do solo, e outras seis PCDAgro, capazes de monitorar a temperatura e umidade relativa do ar, direção e velocidade do vento, radiação solar, saldo de radiação, temperatura e umidade do solo.

Na segunda etapa, que começa em setembro com o projeto Pluviômetros Automáticos, serão instalados 112 equipamentos de coleta de dados para medição da quantidade de chuva em 95 municípios de todo Estado.

“As estações agrometeorológicas ajudam a monitorar as condições que afetam as propriedades rurais. Os produtores irão cuidar dos equipamentos. As estações têm transmissão automática das informações coletadas para um banco de dados do Cemaden, que a Emater-MG terá acesso. Essas informações, aliadas a outros dados, indicam quando há necessidade de alertas de desastres naturais e, também, auxiliam em questões relacionadas à produção, como indicativo de chuvas e os níveis de umidades do solo”, destaca o presidente da Emater-MG, Amarildo Kalil.

A Emater-MG foi responsável por definir os locais das instalações das estações e promover a mobilização de produtores rurais. O Cemaden forneceu os equipamentos, realiza a instalação e é responsável pela manutenção e transmissão dos dados.

“Teremos mais agilidade e segurança para tomada de decisões. Com as informações enviadas em tempo real identificarmos, por exemplo, se os níveis de umidade do solo de um determinado local estão baixos. Assim podemos criar, paralelamente, um sistema para indicar uma irrigação mais adequada para o produtor. As informações obtidas respaldam os técnicos da Emater-MG a fornecer orientação adequada aos agricultores no manejo de riscos e minimizam a vulnerabilidade aos impactos climáticos”, ressalta Kalil.

Segundo a analista em Ciência e Tecnologia do Cemaden, Marisa Pulice Mascarenhas, os dados gerados nos equipamentos são utilizados em pesquisas e na emissão de alertas. “Todas informações coletadas são utilizadas em pesquisas. É um investimento que vai muito além dos custos diretos. O trabalho busca reduzir os efeitos das catástrofes naturais e diminuir o prejuízo causados em função de questões climáticas”, explica.

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