USDA projeta crescimento da soja no Brasil na safra 2025/26
Área plantada deve chegar a 49,1 milhões de hectares, com produção estimada em 176 milhões de toneladas
A análise de fungicidas no tratamento de sementes de trigo, conduzida em seis regiões do Brasil na safra 2024/25, confirmou alta eficácia de formulações específicas contra os patógenos Fusarium graminearum e Bipolaris sorokiniana. Os ensaios integraram a Rede de Ensaios Cooperativos e usaram sementes da safra 2023, marcada por elevada incidência de doenças provocadas por excesso de umidade.
As misturas com benzimidazois demonstraram controle de até 97,9% sobre F. graminearum. Já a combinação de fluxapiroxade com mefentrifluconazol superou 96% de controle de B. sorokiniana. Produtos como piraclostrobina + tiofanato-metílico + fipronil e tiofanato-metílico + fluazinam mantiveram controle superior a 85% para ambos os patógenos.
A origem das sementes influenciou significativamente os índices de infecção natural. Amostras de Cafelândia (PR) exibiram 64,8% de contaminação por F. graminearum. Em Palmeira (PR), a maior incidência de B. sorokiniana atingiu 6%.
Essa condição sanitária refletiu o ambiente da safra 2023, quando chuvas intensas favoreceram doenças como giberela e manchas foliares. A exposição a esses patógenos comprometeu a qualidade das sementes, elevando o risco de infecção na nova lavoura.
Os pesquisadores avaliaram nove tratamentos fungicidas contra F. graminearum e oito contra B. sorokiniana, além de controles positivos e negativos. As sementes foram inoculadas para simular infecções artificiais de até 20%. A avaliação seguiu o protocolo “blotter test”, com incubação das sementes e análise microscópica da presença de estruturas fúngicas.
Cada tratamento foi aplicado conforme recomendação do fabricante, com calda de 600 mL por 100 kg de sementes. A análise estatística utilizou modelos lineares mistos e o teste de Tukey (5%) para comparar a eficácia dos produtos.
No controle de F. graminearum, a média de infecção natural foi de 7,8%. Para B. sorokiniana, a infecção natural média foi de 1,0%.
Entre os tratamentos com bom desempenho contra ambos os patógenos, destacaram-se duas formulações:
Ambas apresentaram eficácia superior a 85% no controle das duas doenças. A combinação de ingredientes permitiu um espectro mais amplo de ação, com redução significativa da taxa de infecção das sementes.
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