Frete de navio caiu em comparação com o período da pandemia da Covid-19

A expansão das exportações, de janeiro a outubro de 2022, foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas de milho, café, soja, minerais em bruto, carvão, óleos brutos de petróleo, carne bovina, entre outros

08.11.2022 | 14:08 (UTC -3)
Amanda Barreto

A pandemia da Covid-19 comprometeu toda a infraestrutura de logística global, mas atualmente o cenário é diferente, com ajustes da demanda e da oferta que refletiram na redução dos preços dos fretes, principalmente o marítimo.

De acordo com a logtech Nowports, em comparação com o período da pandemia, o frete de uma carga de contêiner de importação da Ásia ao Brasil chegou a custar cerca de US$ 15 mil. Hoje, o valor está em cerca de US$ 5 mil. No aéreo, o custo por quilo chegou a US$ 30,00, agora está entre US$ 5,00 a US$ 7,00.

A Nowports é um agente de carga digital que está presente em oito países, incluindo o Brasil. A empresa trabalha com todos os modais (marítimo, aéreo e terrestre). Por meio da plataforma, as mercadorias são movimentadas com eficiência, transparência e segurança para facilitar a importação e a exportação com o auxílio de tecnologia (inteligência artificial, big data e internet das coisas). Os clientes da empresa contam com soluções personalizadas de logística, que incluem rotas e tarifas, rastreamento da carga em tempo real, acesso a documentos, relatórios, entre outras funcionalidades.

Dados do transporte global e balança comercial brasileira

Conforme a BIMCO (Baltic and International Maritime Council), a maior associação marítima internacional do mundo, 90% do comércio mundial é transportado por mar, incluindo alimentos, medicamentos, vestuário e produtos. Além disso, segundo a Statista, empresa especializada em dados de negócios, o setor de logística global vale US$ 9,3 bilhões (trilhões).

A maior parte dos produtos exportados e importados pelo Brasil é transportada em navios. Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, a expansão das exportações, de janeiro a outubro de 2022, foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas de milho, café, soja, minerais em bruto, carvão, óleos brutos de petróleo, carne bovina, entre outros. Por outro lado, os produtos mais importados no período foram: pescado, trigo, centeio, cevada, carvão, gás natural, óleos combustíveis de petróleo, adubos, fertilizantes etc.

Ainda segundo a Secex, no acumulado de janeiro a outubro de 2022, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 51,64 bilhões. Em comparação a igual período do ano passado, as exportações cresceram 19,1% e somaram US$ 280,98 bilhões e as importações cresceram 29,3% e totalizaram US$ 229,34 bilhões.

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