Encontro mostra importância do Brasil no cenário de etanol

19.11.2009 | 21:59 (UTC -3)

Representantes de países da África, América do Sul, América Central, Ásia e Oceania defendem a necessidade de expandir o mercado de etanol e deixaram clara essa posição durante a 2ª Semana do etanol: compartilhando a experiência brasileira.

O evento acontece até esta sexta-feira (20/11), em Ribeirão Preto/SP. O encontro reúne delegações estrangeiras de órgãos governamentais e privados, interessados em desenvolver o setor sucroenergético em seus países.

"Queremos aprender com a experiência brasileira e obter transferência de tecnologia", ressaltou Tran Canh Lac, que atua em empresa privada de produção de açúcar e etanol, no Vietnã. Segundo ele, são essenciais informações sobre treinamento de pessoal envolvido na cadeia produtiva do etanol, funcionamento de usinas e indústrias para desenvolver a mão-de-obra especializada. País do continente asiático, o Vietnã produz etanol apenas para uso local.

Presente no encontro, Mongkol Prongjuntuek, representante do governo tailandês, disse que o país tem cerca de um milhão de hectares de cana-de-açúcar plantada, mas produz apenas 10% de etanol. "Um problema que temos enfrentado é quanto ao rendimento. Uma mesma área rende muito em uma safra, mas rende menos na seguinte e queremos informações para corrigir o que está errado", informou. A Tailândia é um país asiático, que produz cerca de 10 milhões de litros de etanol por ano e 150 mil toneladas de açúcar.

Localizadas na Oceania, as Ilhas Fiji enviaram o assessor do Ministério da Agricultura, Poasa Nauluvula, que relatou experiências com etanol no seu país. "Há dois anos estamos fortalecendo as políticas públicas para desenvolver o setor, temos expectativas positivas e queremos muito aprender com o Brasil", afirmou.

Em Botsuana, país da África, não há produção de etanol disse Boiki Mabowe, que veio em nome do governo. "Como a nossa região não produz biocombustível, temos potencial e necessidade de desenvolver o setor, em busca de benefícios econômicos e sociais. Em dois anos queremos produzir cana-de-açúcar, etanol, açúcar e outros biocombustíveis", assegurou

"Hoje produzimos açúcar e energia para consumo local", declarou Hugo Patt, do Ministério da Agricultura de Belize, na América Central, que executa projeto, com mais seis países vizinhos, para alavancar a agricultura de subsistência e a produção de combustível, em benefício da própria economia.

Na Guiana, país da América do Sul, não há etanol para comercialização. "Plantamos 150 mil hectares de cana, mas investimos toda a produção em açúcar porque seu preço é bastante competitivo no mercado internacional", esclareceu o gerente de qualidade de uma empresa privada guianense, Sharma Dwarka. Ele lembrou que seu país utiliza máquinas antigas e o trabalho é feito manualmente. Por isso, conta com a tecnologia brasileira para se aperfeiçoar na área.

Na tarde desta quinta-feira (19) os 60 participantes visitam uma usina em Pradópolis/SP, para conhecer o seu funcionamento, o plantio de cana-de-açúcar e a produção de etanol e açúcar.

Sophia Gebrim

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