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O monitoramento de pragas e doenças da cultura do mamão foi tema de um curso que a Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das Almas/BA) realizou terça e quarta-feira (17 e 18/11), em Eunápolis/BA.
O treinamento foi destinado aos técnicos de fazendas de mamão do Extremo Sul interessados em aprender as tecnologias desenvolvidas pela Embrapa em parceria com órgãos públicos e fazendas da região para identificar e controlar pragas e doenças com menor uso de agrotóxicos.
O curso faz parte das ações do programa de Produção Integrada (PI) de Mamão, coordenado na Bahia pelo pesquisador Jailson Lopes Cruz, da Embrapa, e vai ser realizado em parceria com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Comissão Executiva de Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Secretaria de Agricultura de Itabela e Sindicato de Produtores de Itabela.
Manejo integrado
Considerado uma das etapas mais importantes para a PI, o manejo integrado de pragas e doenças tem como uma das suas bases a determinação do nível de controle e do momento mais adequado para se iniciá-lo.
Com o uso racional de agroquímicos, o monitoramento criterioso permite a adoção de práticas fitossanitárias menos agressivas ao ambiente, possibilitando a melhoria na qualidade dos frutos produzidos e a preservação ambiental.
“Para a execução do manejo integrado é necessário o conhecimento das pragas e doenças existentes na região e seus inimigos naturais. Quantifica-se, então, o nível de dano por meio de inspeções periódicas com amostragem mínima, de modo a fornecer dados seguros para as decisões de controle a serem tomadas”, explica Hermes Peixoto Santos Filho, fitopatologista da Embrapa.
Equipe
A Embrapa conduziu experimentos nas fazendas Palmares e Caliman e na Ceplac durante três anos. “Os dados de aplicação da metodologia mostraram uma economia no uso de agrotóxicos em até 50% quando comparado ao sistema de calendário, comumente utilizado”, afirma Jailson Cruz.
Nas aulas teóricas, os alunos vão receber informações sobre fichas de campo e planilhas, princípios e fundamentos para a inspeção de pragas, papel do inspetor de pragas no monitoramento e metodologia para o monitoramento. A aula prática em campo será sobre a aplicação da metodologia.
Além de Jailson e Hermes, a equipe de pesquisadores da Embrapa responsáveis pelo monitoramento de pragas e doenças no Extremo Sul é formada por Antonio Alberto Rocha Oliveira, Nilton Fritzons Sanches e Arlene Maria Gomes de Oliveira, que vão ministrar as aulas do curso juntamente com Paulo Roberto Oliveira de Andrade e Flávia Fernandes Lopes (Adab).
Léa Cunha
Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
(75) 3312-8076 /
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