Geadas não devem provocar impactos significativos nas culturas de inverno do Rio Grande do Sul
Informativo Conjuntural desta quinta-feira (22) indica que as lavouras estão em floração e enchimento de grãos
As enchentes no Rio Grande do Sul impactaram significativamente a qualidade e a estrutura dos solos na região. A inundação prolongada provocou o encharcamento dos solos, o que pode levar à compactação, erosão e perda de nutrientes essenciais para o cultivo. Em algumas áreas, a força das águas também causou o arraste da camada superficial do solo, removendo matéria orgânica e nutrientes vitais, além de depositar sedimentos, que podem alterar a fertilidade do solo.
“O excesso de água no solo pode ter causado a lixiviação de nutrientes, como nitrogênio e potássio, reduzindo a capacidade de suporte para as culturas. A perda de matéria orgânica e a possível contaminação por materiais trazidos pelas enchentes, como resíduos industriais e urbanos, também são preocupações importantes para a qualidade do solo e a segurança das futuras plantações”, revela o engenheiro agrônomo Jonas Antonello, da Cotribá.
Segundo o também engenheiro agrônomo Thiago Zanoni Bagio, da Dimicron, a recuperação dos solos afetados exigirá práticas de manejo específicas, como a adição de matéria orgânica, correção do pH, e estratégias de controle de erosão para restaurar a fertilidade e a estrutura do solo. “A análise e monitoramento contínuos serão essenciais para garantir que o solo recupere sua capacidade produtiva e que as futuras safras sejam viáveis”, avisa.
Diante desse cenário, Cotribá e Dimicron reunirão em 27 de agosto, das 10h às 12h, durante a Expointer, em Esteio (RS), alguns dos nomes mais importantes do Estado em Fertilidade do Solo para discutir caminhos para o solo gaúcho que, segundo estudo recente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pode levar cerca de 8 mil anos para se recuperar. O encontro será na Casa Cotribá, localizada na Quadra 46, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil.
Entre os convidados estão Gustavo Brunetto, mestre, doutor e PHd em Fertilidade de Solo pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Geomar Mateus Corassa, engenheiro agrônomo pela UFSM, mestre em Agronomia e doutor em Engenharia Agrícola; Murilo Teixeira Gonçalves, engenheiro agrônomo e produtor de São Gabriel (RS); e Maurício de Bortoli, engenheiro agrônomo e produtor de Cruz Alta (RS).
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