Colheita da soja passa de 30% em áreas da Cotrijal

Com mais de 30% das lavouras de soja da área de atuação da Cotrijal colhidas até a última semana de março, a safra começa a se encaminhar para a reta final. No campo, 57% das lavouras estão em fase de maturação, e devem ser colhidas em breve. Conforme o último boletim conjuntural da Emater do Rio Grande do Sul (RS), cerca de 24% das lavouras já foram colhidas em todo o estado, e 40% estão em maturação. 

Os resultados de produtividade apresentam grandes variações conforme as condições climáticas registradas em cada área ao longo da safra. Até o momento, a média geral de produtividade na área de atuação da cooperativa está estimada em cerca de 40 sacas por hectares. No estado, a Emater/RS aponta para 37,3 sc/ha, com ampla variabilidade.

“Nós tivemos uma safra bastante desafiadora em função da condição climática e um desafio bastante grande também em relação ao manejo, pois o clima exigiu mudanças de planejamento”, aponta o coordenador do Departamento Técnico (Detec) da Cotrijal, Alexandre Nowicki.

Em termos fitossanitários, no início da safra, a regularidade das chuvas propiciou o desenvolvimento de doenças como a ferrugem asiática e manchas. Já a partir de janeiro, as altas temperaturas e a falta de chuvas beneficiaram doenças como o oídio e a propagação de pragas, como tripes e ácaros. “Nos exigiu muito conhecimento e muita dinâmica nessa mudança de manejo dos fungicidas e dos inseticidas”, relembra.

Colheita

Após uma safra desafiadora, é preciso otimizar a colheita para garantir os resultados alcançados e evitar novos prejuízos. Nesta safra, devido aos problemas climáticos, as plantas de soja não estão uniformes, isto é, apresentam diferentes estádios de desenvolvimento, situação que exige atenção ainda maior dos produtores antes de iniciar a colheita.

“Estamos observando que na grande maioria das áreas a vagem já está em ponto de colheita, está seca, mas a planta ainda está um pouco verde e, principalmente, com as folhas verdes e retidas. Então, em algumas situações, temos que usar um maturador fisiológico com aplicação de sete a dez dias antes da colheita para fazer essa uniformização geral da área”, explica.

Outro ponto importante é a avaliação da umidade dos grãos. A recomendação é de que a colheita seja realizada com umidade abaixo de 14% a 15% para facilitar o desempenho da máquina. Em relação ao maquinário, também é preciso realizar a aferição e calibração da colheitadeira, especialmente da plataforma, com o objetivo de evitar a perda e a debulha do grão. Além disso, também é importante realizar a aferição de velocidade do vento e das peneiras.