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PhD pela Ohio State University e professor do Departamento de Agricultura e Consumo da Universidade de Illinois, o pesquisador Peter Goldsmith será o principal palestrante da Bienal dos Negócios da Agricultura do Brasil Central, que ocorrerá nos dias 11 e 12 de agosto no Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Goiás (UFG).
A apresentação de Goldsmith será no dia 11 (quinta-feira), das 8h às 9h30, e discutirá o Cenário Macroeconômico e a Demanda Mundial por Alimentos e Biocombustíveis. De acordo com o pesquisador, o tema é de grande importância para toda a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro porque o Brasil e os Estados Unidos são, atualmente, os principais responsáveis pela produção mundial de alimentos e biocombustíveis, e vivem uma “época de ouro” para o agronegócio.
Mesmo com a relevância do Brasil para o abastecimento mundial de alimentos, o pesquisador analisa que o país não está dando a devida atenção à pesquisa privada e ao desenvolvimento tecnológico. “A inovação agrícola brasileira precisa se expandir para trazer novas soluções para a agricultura em latitudes baixas e em grandes extensões territoriais”, alerta. Ainda sobre a produção científica, ele acrescenta que o “ambiente de propriedade intelectual no Brasil é frágil ”.
Para Goldsmith, a produção de alimentos e de biocombustíves pode, num primeiro momento, ser vista como atividade concorrente, mas essa visão não se sustentará ao longo dos anos. “Graças aos biocombustíveis, está havendo o retorno do capital investido na agricultura. Sem essa injeção de recursos, a pesquisa privada e o desenvolvimento agrícola continuariam atrasados”, avalia.
O palestrante acredita que o momento mundial é o de uma segunda Revolução Verde, isto é, os produtores não estão somente interessados na produção e na produtividade, que agora deve estar aliada ao uso racional do meio ambiente, seja para a produção de alimentos ou de biocombustíveis.
Com informações de que o Centro-Oeste responde por 18% das exportações de alimentos do Brasil, Peter Goldsmith defende que a região necessita de mais investimentos em infraestrutura e permanente diálogo comercial entre os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, além de mais apoio do Governo Federal. “Enquadramento fiscal e mais comércio interestadual permitirão a complementaridade industrial entre os produtores de matérias-primas na região”, explica.
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