Aprosoja realiza seis reuniões sobre cooperativismo e armazenagem

08.11.2013 | 21:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

De 11 a 13 de novembro, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) realiza reuniões sobre cooperativismo e armazenagem em seis municípios de Mato Grosso. O objetivo é apresentar o plano de investimentos e viabilidade econômica em armazenagem de grãos, realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e divulgar o I Fórum de Incubadora de Cooperativas Agropecuárias de Mato Grosso.

Segundo Cid Sanches, gerente de planeamento da Aprosoja, os temas de cooperativismo e armazenagem são levados juntos para o produtor, também pela maior viabilidade de construção dos armazéns. “Com a disponibilização das linhas de crédito para construção e reforma de armazéns, a opção de desenvolvimento de projetos em cooperativa é uma alternativa viável, que atenua os riscos para os produtores.”

Mato Grosso tem um déficit na capacidade de armazenagem de 25 milhões de toneladas, segundo dados do Imea, o que se anuncia em caos para a safra 2013/2014. Uma opção é o Programa para Construção e Reforma de Armazéns (PCA), com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destinados a produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas, e cooperativas rurais de produção, com até 15 anos para pagar, carência de três anos, com vigência até junho de 2014, e que não está disponível para a guarda de etanol e outros biocombustíveis.

Outro ponto que incentiva o investimento em armazéns é o Decreto 1.964, publicado em outubro, que simplifica os processos para implantação e operação de armazéns, silos, equipamentos de secagem e beneficiamento dos produtos agrícolas em propriedades rurais. Antes da portaria, o produtor rural precisava cumprir mais de 50 itens para conseguir emitir o licenciamento ambiental para construção ou ampliação de armazéns.

Segundo o Imea, a oportunidade é atrativa e diminui o gargalo de armazenagem, além de fomentar o cooperativismo. Para o produtor, somam-se a esta, economia com a própria classificação de grãos, ganho de produtividade com a colheita no tempo adequado, melhoria na qualidade do grão e agregação de valor na entressafra, economia com o frete ponta curta e com operação, e diferença no preço disponível e balcão. Mas também há ameaças referentes à elevação dos custos de investimento, às diferenças entre os perfis dos cooperados e estabelecimento de cotas de fornecimento de grãos.

É justamente por todas estas questões que é importante a participação do produtor cooperado e aqueles que querem se organizar. “Várias questões serão elucidadas como a diferença entre modelos de sociedade a serem adotados seja individual, condomínio, sociedade cooperativa, ou mercantil (S.A. ou Ltda.), ainda formas de custeio ou rateio do orçamento, entre outras”, pontua Cid Sanches.

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